Numa notável conferência que deixou inédita, que teria publicação póstuma em 1921, na Revista de Guimarães, João de Meira, o mais brilhante dos homens de letras da Guimarães do início do século XX, começava assim: não conhecermos a nossa própria história, diz um escritor moderno, é de bárbaros; conhecê-la, porém, viciada, tecida de burlas e de piedosas fraudes, é pior. Porque, no primeiro caso, com não sabermos quem somos, nem nos dizerem donde viemos, essa mesma ignorância obstará a que perpetremos muitos desconcertos; ao passo que, se labora…
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