O termo românico surgiu no final do primeiro quartel do século XIX para designar a arte nascida na Europa durante a Alta Idade Média, por analogia com o processo que levou ao surgimento das línguas latinas (o romanço ou romance). A sua principal expressão foi a arquitectura. O seu edifício mais característico é a igreja. As soluções que desenvolveu permitiram construções maciças e articuladas, recorrendo a paredes robustas, a arcos de volta perfeita e a estruturas curvas para as coberturas. Tendo adaptado os materiais, a mão-de-obra e as tradições construtivas locais, apresenta uma grande variedade de soluções regionais. A sua expansão está associada ao processo de penetração da Igreja no Ocidente: a partir do século XI, o mundo cobria-se por toda a parte com um manto branco de igrejas. Também se cobriu o Baixo Minho, onde esta arquitectura terá irradiado a partir da Sé de Braga, um dos mais importantes monumentos românicos do Noroeste Peninsular.
No meio rural de Guimarães identificam-se diversos exemplares da arquitectura religiosa do período românicos.
A Igreja de Santa Cristina de Serzedelo pertencia, no século XII, ao Convento dos Eremitas de Santo Agostinho. É o melhor exemplo do românico rural que ainda sobrevive no concelho de Guimarães. Edifício austero, possui nave e capela-mor de plantas rectangulares. No exterior, prolongando para poente a fachada voltada a sul, está implantada uma robusta torre sineira. O portal principal rasga-se em arquivolta, sendo encimado por uma fresta. No interior, a nave e a capela-mor estão separadas por um arco de volta perfeita assente em duas colunas com capitéis decorados com motivos fitomórficos. Nas paredes, podem observar-se vestígios de pinturas murais de grande importância. A trama do romance “O Segredo do Abade”, de Arnaldo Gama, tem aqui o seu cenário. É monumento Nacional.
A igreja de S. Salvador de Souto, reconstruída no século XVIII, ainda conserva alguns vestígios do templo primitivo, que pertenceu ao mosteiro dos cónegos regrantes de Santo Agostinho e que teria um planta de estrutura simples, com nave e cabeceira de plantas rectangulares. Desses vestígios, assumem particular relevo as figuras grotescas da cachorrada que está implantada na fachada do lado sul, com elementos escultóricos com configurações estranhas e poses distorcidas e aparentemente escandalosas. Nesta fachada é também visível a presença de elementos de um friso enxaquetado (em xadrez), que também aparece no interior, na parede voltada para norte.
A Capela do Mosteiro de S. Torcato, de planta rectangular, está adossada na fachada lateral voltada a norte da Igreja. Foi profundamente alterada no século XIX. Hoje subsiste, do velho edifício românico, uma abóbada em canhão, um portal e uma linha de arcaturas com alguns elementos figurativos esculpidos, situada na cabeceira da capela-mor. É Monumento Nacional.
A pequena Igreja de Santa Maria de Corvite apresenta claros sinais de degradação, em parte motivada por já não ser local de culto. No seu interior, com piso em terra batida, encontram-se pedras que parecem ser anteriores ao período românico. Nas paredes observam-se pinturas a fresco que exigem uma intervenção urgente de salvamento e protecção. Encontra-se em vias de classificação.
A igreja de S. Martinho de Candoso ostenta, no exterior, um interessante conjunto de modilhões que sustentam a cornija. O arco triunfal, decorado com motivos geométricos e lanceolados e encimado por um friso enxaquetado semelhante ao de Souto, também pertence ao período primitivo. A iluminação actual é feita com candeeiros de pé desenhados pelo arquitecto Siza Vieira. É Monumento Nacional.
A Igreja Velha de S. Cipriano de Tabuadelo, provavelmente do século X, situa-se no interior de uma propriedade agrícola e encontra-se em processo de degradação acelerado. A sua fachada é simples, com um portal em arco de volta perfeita. Voltado a sul, conserva ainda o que parece ser um portal primitivo. Está classificada como Imóvel de Interesse Público.
A igreja de São João de Calvos, em Lordelo, apresenta fortes semelhanças com a de Tabuadelo. É um Imóvel de Interesse Público.
No espaço rural concelho de Guimarães há memória de várias outras igrejas medievais românicas. Umas já desapareceram, como a de Santa Eulália de Pentieiros, que seguiria o modelo de S. Cipriano e de Calvos. Outras foram tão adulteradas por sucessivas intervenções, que o melhor será esquecer que algum dia, lá no fundo dos tempos, terão sido belas igrejas românicas. Esse será o caso, por exemplo, da Igreja de Serzedo.
No meio rural de Guimarães identificam-se diversos exemplares da arquitectura religiosa do período românicos.
A Igreja de Santa Cristina de Serzedelo pertencia, no século XII, ao Convento dos Eremitas de Santo Agostinho. É o melhor exemplo do românico rural que ainda sobrevive no concelho de Guimarães. Edifício austero, possui nave e capela-mor de plantas rectangulares. No exterior, prolongando para poente a fachada voltada a sul, está implantada uma robusta torre sineira. O portal principal rasga-se em arquivolta, sendo encimado por uma fresta. No interior, a nave e a capela-mor estão separadas por um arco de volta perfeita assente em duas colunas com capitéis decorados com motivos fitomórficos. Nas paredes, podem observar-se vestígios de pinturas murais de grande importância. A trama do romance “O Segredo do Abade”, de Arnaldo Gama, tem aqui o seu cenário. É monumento Nacional.
A igreja de S. Salvador de Souto, reconstruída no século XVIII, ainda conserva alguns vestígios do templo primitivo, que pertenceu ao mosteiro dos cónegos regrantes de Santo Agostinho e que teria um planta de estrutura simples, com nave e cabeceira de plantas rectangulares. Desses vestígios, assumem particular relevo as figuras grotescas da cachorrada que está implantada na fachada do lado sul, com elementos escultóricos com configurações estranhas e poses distorcidas e aparentemente escandalosas. Nesta fachada é também visível a presença de elementos de um friso enxaquetado (em xadrez), que também aparece no interior, na parede voltada para norte.
A Capela do Mosteiro de S. Torcato, de planta rectangular, está adossada na fachada lateral voltada a norte da Igreja. Foi profundamente alterada no século XIX. Hoje subsiste, do velho edifício românico, uma abóbada em canhão, um portal e uma linha de arcaturas com alguns elementos figurativos esculpidos, situada na cabeceira da capela-mor. É Monumento Nacional.
A pequena Igreja de Santa Maria de Corvite apresenta claros sinais de degradação, em parte motivada por já não ser local de culto. No seu interior, com piso em terra batida, encontram-se pedras que parecem ser anteriores ao período românico. Nas paredes observam-se pinturas a fresco que exigem uma intervenção urgente de salvamento e protecção. Encontra-se em vias de classificação.
A igreja de S. Martinho de Candoso ostenta, no exterior, um interessante conjunto de modilhões que sustentam a cornija. O arco triunfal, decorado com motivos geométricos e lanceolados e encimado por um friso enxaquetado semelhante ao de Souto, também pertence ao período primitivo. A iluminação actual é feita com candeeiros de pé desenhados pelo arquitecto Siza Vieira. É Monumento Nacional.
A Igreja Velha de S. Cipriano de Tabuadelo, provavelmente do século X, situa-se no interior de uma propriedade agrícola e encontra-se em processo de degradação acelerado. A sua fachada é simples, com um portal em arco de volta perfeita. Voltado a sul, conserva ainda o que parece ser um portal primitivo. Está classificada como Imóvel de Interesse Público.
A igreja de São João de Calvos, em Lordelo, apresenta fortes semelhanças com a de Tabuadelo. É um Imóvel de Interesse Público.
No espaço rural concelho de Guimarães há memória de várias outras igrejas medievais românicas. Umas já desapareceram, como a de Santa Eulália de Pentieiros, que seguiria o modelo de S. Cipriano e de Calvos. Outras foram tão adulteradas por sucessivas intervenções, que o melhor será esquecer que algum dia, lá no fundo dos tempos, terão sido belas igrejas românicas. Esse será o caso, por exemplo, da Igreja de Serzedo.
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