Rebobinando

No princípio: a candidatura de todas as esperanças


Neste tempo, a menos de seis meses de 2012, em que algo se move e em que já se tornou claro que, haja o que houver, nada será como dantes, importa reflectir sobre o processo que nos conduziu ao actual estado de coisas. Ao reler o que aqui se publicou desde o início de 2010, percebo que se poderia ter evitado chegar onde se chegou, se se tivesse prestado atenção aos sinais que, sendo visíveis para todos, foram ignorados ou menosprezados por quem lhes devia prestar atenção. Como contributo para a reflexão que se impõe, aqui recupero alguns excertos de textos que coloquei neste espaço ao longo dos últimos dezanove meses.

8 de Janeiro de 2010
[Texto colectivo dos presidentes das direcções do Círculo de Arte e Recreio, do Cineclube de Guimarães, do Convívio, da Sociedade Martins Sarmento e da Sociedade Musical de Guimarães]

13 de Janeiro de 2010

29 de Outubro de 2010

5 de Novembro de 2010

6 de Novembro de 2010

24 de Fevereiro de 2011
A Capital Europeia da Cultura lá vai ganhando notoriedade. Infelizmente, quase sempre pelas más  razões. Se a ideia fosse demolir a boa imagem de Guimarães, construída ao longo de tantos anos, dificilmente se faria melhor. Cansados de verem a sua cidade nas bocas do mundo por razões que antes não eram costume, as gentes de Guimarães continuam, com insuspeitada paciência, à espera de notícias positivas

21 de Março de 2011

18 de Maio de 2011

24 de Maio de 2011
O problema não são as notícias, mas os factos que estão por trás delas. Não adianta tentar suprimir a mensagem, nem fazer tiro ao alvo ao mensageiro. É urgente acabar com a razão de ser destas notícias, que ameaçam envenenar irreversivelmente um tempo que devia ser de celebração colectiva. Estamos cansados. Já basta.

2 de Junho de 2011

6 de Junho de 2011

18 de Junho de 2011

30 de Junho de 2011
Ao longo de quase dois anos, fui lendo os sinais (estava num posto de observação privilegiado, que me permitia ir observando do lado de fora, mas também, um pouco, do lado de dentro). Longo foi o tempo para a paciência, na expectativa de que acontecesse o que era imperativo acontecer. Depois, foi o tempo para a impaciência: não tinha sido aquilo que nos tinham prometido e tivemos que o dizer, repetidamente, até sermos escutados. Algumas coisas já mudaram, outras nem por isso. A Capital Europeia da Cultura com que sonhámos, num sonho que sei que era partilhado por muitos, já ficou para trás. Irremediavelmente. O que vamos ter em 2012 vai ser grandioso e entusiasmante, certamente, mas não vai ser a mesma coisa.

2 de Julho de 2011

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