A João Xavier de Matos, negando a Providência actual, porque este ano houve pouco vinho, e ele bebe como um boi bebe água. Já reduzido em cheio a uma demência Clama enfim um filósofo rasteiro Que tudo quanto encerra este orbe inteiro Uma mão natural lhe dera a essência: Nada ao céu atribui, só por decência Divinas chama as cubas do Barreiro, E inda que bebe por gastar dinheiro, Sempre nega o favor à providência: Coitado! tem razão, chora o seu dano, Que Baco neste outono andou mesquinho, Com o pobre velho do pa…
Redes