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Rua de Paio Galvão (4)
Edifício da Sociedade Martins Sarmento, ainda em construção (fotografia anterior a 1908) (clicar para ampliar) Foi no ano da morte de Francisco Martins Sarmento (1899) que o Arquitecto Marques da Silva foi encarregado de apresentar um projecto para sede da Sociedade que homenageia o arqueólogo vimaranense. O projecto é de 1900 e a construção iniciou-se no ano seguinte. Depois de várias paragens, o edifício, que correspondia à área do Salão Nobre, foi inaugurado, ainda incompleto, no 9 de Março de 1907. As obras seriam concluídas no ano de…
As celebrações afonsinas de 1911 (3)
No âmbito da preparação das festas da cidade de 1911, avançaram os preparativos da comemoração dos oitocentos anos do nascimento de D. Afonso Henriques. A Câmara Municipal foi chamada a envolver-se, como noticia o jornal Independente : AS FESTAS DA CIDADE A Comissão delegada à Associação Comercial apresentou na quarta-feira da semana passada à Câmara Municipal a seguinte proposta, que a Câmara prometeu coadjuvar com a melhor boa vontade: Propomos: 1.° que se realize este ano a festa comemorativa do 8.° centenário …
Rua de Paio Galvão (3)
Planta da zona de implantação da futura Rua de Paio Galvão (1863-1867) (clicar na imagem para ver pormenores e descrição) A abertura da actual rua de Paio Galvão foi proposta no Plano de Melhoramentos da cidade de Guimarães, do Eng.º Almeida Ribeiro. Consta de uma planta que Miguel Bastos me enviou, com indicações úteis para a sua compreensão. Aqui fica. A nova rua, que ligaria o Toural à saída para Braga, dando acesso ao novo mercado, foi aberta em terrenos que pertenciam a S. Domingos. Noto que a demolição do Convento de S. Domingos, decid…
Rua de Paio Galvão (2)
Vista do Mercado e da rua de Paio Galvão, no primeiro quartel do séc. XX. Ao fundo, à esquerda, a Escola Industrial Francisco de Holanda. A planta da praça do Mercado de Guimarães foi desenhada pelo Engenheiro Condutor Pedro Joaquim Ferreira, sob a direcção do Conselheiro Director das Obras Públicas do Minho, Plácido António de Abreu, por incumbência da Câmara Municipal de Junho de 1858. Foi em Outubro de 1861 que a Câmara tomou posse da cerca do antigo convento de S. Domingos, para instalação do Mercado. Meses depois, já em 1862, foi decidid…
As celebrações afonsinas de 1911 (2)
Quando em Guimarães se decidiu assinalar condignamente o oitavo centenário do nascimento de D. Afonso Henriques, com a República acabada de instalar em Portugal, houve a intenção de dar às celebrações a dimensão de festas nacionais. Em Março de 1911, uma delegação de cidadãos de Guimarães foi recebida pelo Governador Civil de Braga, Manuel Monteiro, para lhe solicitar apoio para que o Governo da República se associasse à homenagem ao fundador da nacionalidade. POR GUIMARÃES Dirigiu-se, na passada segunda-feira, à capital d…
Rua de Paio Galvão (1)
Rua de Paio Galvão, no primeiro quartel do século XX. (clicar para ampliar) A rua de Paio Galvão começou a ser rasgada na mesma altura que a de Gil Vicente, em 1873, em terrenos que pertenceram à cerca do antigo convento de S. Domingos, com o propósito de ligar o Toural à nova praça do mercado e melhorar a saída da cidade em direcção a Braga. No ano de 1908 ficou concluído o primeiro corpo do edifício da Sociedade Martins Sarmento (projecto do Arquitecto Marques da Silva, de 1900).
As celebrações afonsinas de 1911 (1)
Monumento a Afonso Henriques, no seu local de implantação original (antigo largo de D. Afonso Henriques, hoje Alameda de S. Dâmaso) (clicar para ampliar) Hoje, está generalizada no meio científico a aceitação do nascimento de D. Afonso Henriques no ano de 1109, com base em argumentos que já aqui foram longamente dissecados . Não era assim há um século. Então, seguia-se, geralmente, a opinião de Alexandre Herculano, que aceitava como mais provável o ano de 1111 . Foi por essa razão que o 8.º centenário do nascimento do rei fundador …
Rua de Gil Vicente (4)
A Rua de Gil Vicente, no Pregão das Festas Nicolinas, em data incerta do início do século. A loja que aparece ao dentro da imagem (Neves & Comp.ª) é a mesma que, em 1906, colocou um anúncio na Torre da Alfândega . Foto da AAELG - Velhos Nicolinos, via Miguel Bastos. (clicar para ampliar)
Rua de Gil Vicente (3)
Rua de Gil Vicente, no primeiro quartel do século XX. (clicar na imagem para ampliar)
Rua de Gil Vicente (2)
Proposta de criação da Rua de Gil Vicente (1863-1867) (clicar na imagem para ver pormenores e descrição) Na sequência da nota anterior, o meu amigo Miguel Bastos brindou-me com a proposta de criação da Rua de Gil Vicente, de acordo com o Plano de Melhoramentos de Guimarães, do Eng.º Manuel de Almeida Ribeiro, elaborada e apresentada à Câmara Municipal entre 1863 e 1867, que agora aqui partilho.
Rua de Gil Vicente (1)
A rua de Gil Vicente no início do séc. XX. Não é perceptível se as obras que decorriam tinham a ver com a rua propriamente dita, se com algum dos seus prédios. (clicar para ampliar) A rua de Gil Vicente é uma das artérias de Guimarães que foram rasgadas na segunda metade do século XIX. A empreitada para a sua abertura foi entregue, em Julho de 1873, ao pedreiro-empreiteiro José Rodrigues, galego morador em S. Romão de Arões.
Rua de Santo António (2)
A rua de Santo António quando era designada por rua 31 de Janeiro. (clicar para ampliar) Na sequência da aprovação, em reunião da Comissão Municipal de 2 de Novembro de 1910, apresentada por José Leite Rodrigues, a rua de Santo António passou a denominar-se de rua de 31 de Janeiro, assinalando a data em que, em 1891, falhou a primeira tentativa para instaurar a República em Portugal. Manteria essa designação até Outubro de 1935, ano em que retomaria a designação anterior, que ainda hoje conserva.
A virtude da água da Senhora da Oliveira
O tanque-chafariz da Oliveira numa fotografia de 1858 Tradição de Guimarães, sobre o poder da água do antigo tanque-chafariz do Largo da Oliveira, tal como foi contada por Alberto Vieira Braga: A água da Sra. da Oliveira tem a virtude da lenda que diz: quem a beber, abranda de génio e fica a gostar da terra. Isto referindo-se a criaturas que não são de Guimarães e que para Guimarães vêm exercer qualquer cargo de posição, como sejam os escrivães de fazenda, juízes, delegados, administradores, professores, etc. …
Rua de Santo António (1)
Rua de Santo António, no início do século XX. (clicar para ampliar) A antiga rua da Fonte Nova (também conhecida popularmente como rua do Mata-Diabos) acompanhava o percurso da muralha, desde a sua saída do Toural, em direcção do norte. A partir de finais do séc. XVIII, os moradores da rua conseguem autorizações para edificarem na muralha, que foi desaparecendo, em parte engolida pelas novas construções. Em 1873, mudou de designação, passando a chamar-se de rua Nova de Santo António (que abrangia também os Palheiros e a rua do Campo Santo, ou…
Sobre a cultura em Guimarães
Vista de Guimarães a partir do Castelo (início do século XX) (clicar para ampliar) Alguém que aterre repentinamente em Guimarães é capaz de demorar a perceber a dimensão cultural desta cidade, tendendo a subestimá-la. Nestes últimos dois anos, sobram-nos os exemplos dessa atitude. A pretexto da Capital Europeia da Cultura que aí vem, não faltou quem se atribuísse a si próprio a nobre missão de evangelização cultural deste território de bárbaros, encarregando-se de trazer as luzes da civilização aos brutos que viam em nós. E logo c…
Sobre o nascimento de Novais Teixeira
Casa onde terá nascido Joaquim Novais Teixeira em 21 de Abril de 1899. Joaquim Novais Teixeira, homem de cultura que deixou obra assinalável em Espanha, no Brasil e em França, nasceu no dia 21 de Abril de 1899 na rua da Rainha, em Guimarães. Segundo indicação do próprio ao meu amigo Francisco Dias, o local onde nasceu será o edifício que faz esquina, no final da rua, com o Largo da Oliveira. O registo de baptismo de Novais Teixeira, cuja transcrição se dá abaixo, apenas indica a rua, mas não a casa, onde o escritor veio ao mundo. As…
Para tudo há um tempo
Há um tempo para tudo, e cada coisa tem o seu tempo debaixo do céu. Um tempo para nascer e um tempo para morrer; um tempo para plantar e um tempo para arrancar. Um tempo para matar e um tempo para curar; um tempo para destruir e um tempo para construir. Um tempo para chorar e um tempo para rir; um tempo para o lamento e um tempo para a dança. Um tempo para atirar pedras e um tempo para as apanhar; um tempo para o abraço e um tempo para o soltar. Um tempo para buscar e um tempo para perder; um tempo para guardar e um tempo para deixar. Um tempo…
Novais Teixeira, Menino e Moço
Joaquim Novais Teixeira No dia 4 de Agosto de 1923, no número alusivo às festas da cidade do jornal Pro-Vimarane foi publicado um soneto de Joaquim Novais Teixeira inspirado no início da obra Menina e Moça, de Bernardim Ribeiro (“Menina e moça me levaram de casa de minha mãe para muito longe.”). O poema foi enviado de Madrid e remete para a história de vida do próprio poeta. Menino e Moço Menino e moço, ò coração menino, Te levaram de Casa de teus Pais… — Floriste à luz de olhar brando e divino. Que te olhou muito, e… nunca te olhou mais. …
Sobre o Colégio Académico
Anúncio publicado no jornal "Gil Vicente" entre 1918 e 1921 (clicar para ampliar) Anúncio publicado no jornal "Gil Vicente" em Julho e Agosto de 1921 (clicar para ampliar) Através de anúncios publicados no jornal "Gil Vicente", sabemos que o Colégio Académico, a que nos referimos aqui , já existia em finais de 1918 e que em 1921 era apresentado como "a mais antiga casa de educação e ensino desta cidade". Estava instalado na Casa dos Coutos (actual Tribunal da Relação de Guimarães), que era apresentad…
Largo da Misericórdia (7)
Largo da Misericórdia no início da década de 1920 (fotografia publicada no Roteiro de Guimarães de A. L. de Carvalho) A existência de um estabelecimento de ensino chamado Colégio Académico no Largo da Misericórdia, identificado numa fotografia já aqui publicada , continua a ser, para mim, um mistério, por falta de outras notícias. Pela observação da fotografia e pela ausência de placas ajardinadas no centro do largo, foi possível datar a fotografia de data anterior a 1927. O que se avançou, até agora, apenas permitiu perceber que a fotografi…
Largo da Misericórdia (6)
O Largo da Misericórdia no início do século XX. Ao fundo, a casa de torre que pertenceu a Tadeu Luís. (clicar para ampliar) A casa de torre que domina o topo norte do Largo da Misericórdia pertenceu a Tadeu Luís António Lopes da Fonseca Carvalho e Camões, Senhor de Abadim e Negrelos, mentor da Academia Vimaranense. Ficaram célebres as festas que ali se ofereceram. Uma delas, em que se celebravam os esponsais do Príncipe do Brasil, futuro D. José I, com a princesa das Astúrias, realizada em Fevereiro de 1728, teve direito a ficar re…
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