Acontece muitas vezes, por dever de escola ou de ofício, termos que ficar a ouvir, por um tempo que parece aspirar à condição de eternidade, alguém muito douto a derramar palavras que manam, caudalosas, de uma erudição torrencial quase sempre feita de um saber que, as mais das vezes, a ninguém interessa ou aproveita, a não ser ao perorador, para ostentação da sua sapiência ou ornato da sua vanglória. São aquelas sessões, mais aborrecidas do que o aborrecimento, de onde só nos apetece fugir, mas não podemos. E então, desligámos. E lá ficámos…
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