A Praça da Oliveira em 1850. [ Continua daqui ] Diz a lenda que se confunde com a história que na Praça de S. Tiago de Guimarães teria existido um templo dedicado a Ceres, a deusa romana das searas, que o apóstolo S. Tiago converteu ao culto cristão, colocando ali uma imagem Nossa Senhora que, mais tarde, seria levada para a igreja do mosteiro de S. Salvador, da Virgem Maria e dos Apóstolos, partilhado por monjas e monges, fundado por Mumadona. A trasladação da imagem, provavelmente durante o governo do Conde D. Henrique, coincidirá com a re…
[ Continua daqui ] Padrão do Salado. Porquê? Para se perceber o porquê , era necessário apurar o quando, ou melhor, o desde quando é que o singular monumento da Praça maior de Guimarães é chamado de Padrão do Salado. Estava o cruzeiro alpendrado a completar quase seis séculos desde que fora erguido, quando o vemos designado pela primeira vez como “padrão comemorativo da Batalha do Salado”, num apontamento publicado no jornal Notícias de Guimarães de 13 de Outubro de 1940 em que se arrolavam as deliberações da sessão da Câmara Municipal rea…
A Colegiada e o Padrão numa fotografia anterior a 1904, ainda com gradeamentos e com o tanque chafariz encostado à torre. [ Continua daqui ] Retomando o assunto do nome do Padrão da Praça Maior de Guimarães no ponto em que ficamos, na tentativa de perceber de onde vem a sua associação à Batalha do Salado, travada em 1340, quando Afonso IV reinava em Portugal, do que já vimos, julgamos ter ficado claro que, até à entrada do século XX, nunca o cruzeiro alpendrado da Oliveira foi associado ao Salado (quem mais próximo que lá se andou foi Vilh…
Serões, Revista Mensal Ilustrada, n.º 63, 1910, p. 215. Por trás da cruz, está visível o altar em estuque da Senhora da Vitória. Via Nuno Saavedra/ Fototeca de Guimarães [ Continua daqui ] N a viragem do século XIX para o século XX, os estudos históricos em Guimarães tornaram-se especialmente produtivos. Nesses estudos, são inúmeras as referências ao Padrão que se ergue na Praça Maior de Guimarães. Em nenhum há qualquer referência à evocação da Batalha do Salado. Francisco Martins Sarmento chama-lhe, simplesmente, o Padrão. O padre António…
O Padrão do Salado, estereoscópia de Aurélio Paz dos Reis, 1907. Centro Português de Fotografia. Via Nuno Saavedra/ Fototeca de Guimarães [ Continua daqui ] Na ordem das publicações que tratam da história, da geografia e do património de Guimarães, à Corografia Portuguesa, do plagiador Carvalho da Costa, seguem-se as Memórias Ressuscitadas da Província de Entre-Douro-e-Minho no ano de 1726 , manuscrito de Francisco Xavier da Serra Craesbeeck, antigo corregedor da comarca de Guimarães, que trata longamente de Guimarães, mas que é parco em pal…
O Padrão, cliché de Antero Frederico de Seabra,1862, Arquivo Municipal do Porto (Fundo Foto Guedes). Via Nuno Saavedra/ Fototeca de Guimarães [ Continua daqui ] Em 1706, o padre António Carvalho da Costa publicou o primeiro tomo da obra a que deu o título de Corografia Portuguesa e descrição topográfica do famoso reino de Portugal com as notícias das fundações das cidades, vilas e lugares, que contém varões ilustres, genealogias das famílias nobres, fundações de conventos, catálogos dos bispos, antiguidades, maravilhas da natureza, edifíci…
O Padrão da Oliveira, numa estereoscópia de 1862, de Antero Frederico de Seabra. A parte superior do arco voltado para a igreja da Colegiada (direita), que aparece tapada, corresponde às costas do altar de Nossa Senhora da Vitória, que o Padre Torcato Peixoto de Azevedo descreveu, e que também aparece, visto do lado de dentro, na gravura que ilustra o texto que antecede este. [ Continua daqui ] Depois de Gaspar Estaço, o Padre Torcato Peixoto de Azevedo escreveu sobre Guimarães e a sua história, na obra que intitulou Memórias Ressuscitadas d…
O Padrão da Oliveira Litografia III da obra George Vivian Scenery of Portugal & Spain (1839). Da colecção da Biblioteca Nacional de Portugal). (clicar na imagem para ampliar) A história e o património são imagens de marca de Guimarães e mais-valias culturais e económicas relevantes. Fazem parte da identidade dos vimaranenses e são a força motriz do movimento de atracção a Guimarães daqueles que vêm conhecer a cidade. Têm muitas histórias para contar, mas não necessitam de ser carregadas com acrescentos inúteis que decorrem da ignorância…
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