A chinela de Guimarães

A chinela de Guimarães

António Amaro das Neves - fevereiro 11, 2013

No seu número de 197, de Novembro de 1909, a revista Ilustração Portuguesa publicou um texto (provavelmente escrito por Alfredo Guimarães) onde se fala da chinela de Guimarães, de verniz preto, bordada a retrós vermelho e azul, que ia sendo conhecida, erradamente, com a designação de "chinela de Braga". Num tempo, como o de hoje, de redescoberta de velhos objectos da nossa tradição artesanal, pode ser que alguém tenha uma "ideia de negócio" que permita recuperar a chinelinha bordada que antigamente constituía o …

1915: O triângulo "maçónico" do Passeio da Independência

1915: O triângulo "maçónico" do Passeio da Independência

António Amaro das Neves - fevereiro 11, 2013

O Passeio da Independência, numa imagem da segunda década do século XX Em 1911, o jardim público do Toural foi desmantelado e transferido para o Terreiro de S. Francisco, que passou a designar-se de Passeio da Independência. Os arranjos urbanísticos foram dirigidos por José Ribeiro de Freitas e o Capitão José Luís de Pina foi encarregado de desenhar o novo pavimento em mosaico do Toural. É possível que este também tenha sido o autor do desenho do piso do Passeio da Independência, onde ficaria uma figura que, em 1915, foi objecto de uma po…

Escritores Vimaranenses (8): Frei António de Sena

Escritores Vimaranenses (8): Frei António de Sena

António Amaro das Neves - fevereiro 11, 2013

FR. ANTÓNIO DE SENA, Dominicano, formado em Teologia pela Universidade de Lovaina, onde regeu algumas cadeiras da mesma faculdade. Discorreu depois muitos anos pela Itália, França e Inglaterra, acompanhando o Prior do Crato D. António, quando pretendente à coroa de Portugal. Foi natural de Guimarães, e morreu no convento do Carmo em Nantes no 1.° de Fevereiro de 1584, conforme uns, ou de 1586, segundo outros. Todas as obras deste padre, que são numerosas, foram escritas em latim, e os seus títulos se acham descritos na Biblioteca de Barbosa…

O Domingo Gordo em finais do séc. XIX, segundo Alfredo Guimarães

O Domingo Gordo em finais do séc. XIX, segundo Alfredo Guimarães

António Amaro das Neves - fevereiro 10, 2013

Hoje, as nossas tradições de Domingo Gordo quase que se resumem à presença farta de carne de porco à mesa, à hora de almoço. Em alguns lugares de Guimarães, havia (porventura ainda haverá) o costume de entronizar o Pai das Orelheiras  como rei do Carnaval, cujo "enterro" aconteceria na noite de terça-feira. Em finais do século XIX o  domingo que antecedia o Carnaval era dia de folia, como o descreve Alfredo Guimarães, num texto publicou no jornal republicano Alvorada, na sua edição de 5 de Fevereiro de 1914, que aqui se reprod…

Escritores Vimaranenses (7): Mestre António

Escritores Vimaranenses (7): Mestre António

António Amaro das Neves - fevereiro 10, 2013

ANTÓNIO (MESTRE), Fisiquo e solorgiam, como lhe chamam os nossos antigos cronistas, Cirurgião-mor de el-rei D. João II, natural não de Guimarães, como Barbosa disse inadvertidamente no tomo I da Bibl. Lusit., mas de Torres Novas, como depois emendou no tomo IV. Era filho do Mestre Tomás, e foi pai de Nicolau Lopes, que gozou também das honras de Físico de el-rei. Se é certo o que diz Gaspar Estaço nas suas Antiguidades de Portugal, cap. 56 n.° 4, vivia ainda cerca dos anos de 1533. Parece que Mestre António é o verdadeiro autor do Compêndi…

1000

1000

António Amaro das Neves - fevereiro 10, 2013

Nem  todos   os números merecem uma efeméride e é certo que 1000  é somente o número que se segue a 999 e que antecede 1001. E, como diria Mota Amaral, há mais curiosos  números . Mas este, por ser tão redondo, não costuma passar despercebido. E eis porque, em chegando ao milhar de posts publicados nas Memórias de Araduca, cumpre assinalar a efeméride com um balanço de deve e haver. Um balanço ao que foi, para tomar balanço para o que será. Desde o dia 1 de Outubro de 2007, já muita água correu debaixo das pontes. Naquele dia já distan…

S. Torcato, 1912: romaria em tempos revoltos

S. Torcato, 1912: romaria em tempos revoltos

António Amaro das Neves - fevereiro 09, 2013

As Festas de S. Torcato em 1912 Portugal, 1912 Género: documentário Duração: 00:03:17, 18 fps Formato: 35 mm, PB, sem som AR: 1:1,33 Descrição: Imagens não montadas. ID CP-MC: 3004995-004-00.26.18.01 Fonte: Cinemateca Digital Em Julho de 1912, o Norte andava agitado. Estava em curso uma das incursões monárquicas dos seguidores de Paiva Couceiro, que pretendiam repor a monarquia. Nos distritos de Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança foi decretado o estado de sítio. Em Guimarães circulavam notícias e boatos,…

Escritores Vimaranenses (6): Frei André de Guimarães

Escritores Vimaranenses (6): Frei André de Guimarães

António Amaro das Neves - fevereiro 09, 2013

FR. ANDRÉ DE GUIMARÃES, Franciscano da província de Portugal, cuja regra professou no convento de Alenquer. Exerceu na Ordem vários cargos, inclusive o de Provincial, eleito em 1614. Foi natural de Guimarães, e morreu no convento de Lisboa a 3 de Dezembro de 1632.—E. Sermão nas exéquias que a cidade fes na casa de Sancto António à Rainha Catholica D. Margarida de Áustria. Lisboa 1611. 4.°—Barbosa mencionando este sermão, não declara o nome do impressor. Deve ser assaz raro, pois ainda não obtive ver dele algum exemplar. Dicionário Biblio…

Escritores Vimaranenses (5): Álvaro José da Silva Basto

Escritores Vimaranenses (5): Álvaro José da Silva Basto

António Amaro das Neves - fevereiro 08, 2013

ÁLVARO JOSÉ DA SILVA BASTO, filho de António José da Silva Basto, nasceu em Guimarães a 22 de Abril de 1873. Fez exame de licenciado na Universidade de Coimbra em 14 de Janeiro de 1895 sendo-lhe dado para dissertar o tema: índices Cephalicos dos Portugueses. Em 8 e 10 de Julho de 1897 fez acto de conclusões magnas, recebendo o grau de doutor em filosofia em 28 do mesmo mês, e a 23 de Dezembro do mesmo ano foi despachado como lente substituto da cilada Universidade.— E. Theses de mathematicas puras e aplicadas, que se propõe defender n…