O chafariz do claustro de S. Domingos




O claustro de S. Domingos antes de 1866.


É, como já escrevi antes, o mais antigo e mais belo claustro de Guimarães. No século XIX, após a extinção dos conventos em Portugal, sofreu tratos de polé, até que, em 1888 o que dele sobrou, foi entregue à Sociedade Martins Sarmento, que ali instalou o seu Museu de Arqueologia. No Outono de 1873, o convento de S. Domingos começou a ser demolido. A demolição incluía o claustro, devendo se poupado o antigo dormitório, a escada principal e o chafariz que preenchia oc entro do espaço claustral. Ergueram-se vozes, com Francisco Martins Sarmento à cabeça, tentando impedir a destruição do claustro, mas que não conseguiram salvar mais do que os seus arcos. O piso superior, que se vê na fotografia que aqui se reproduz (pertencente a um lote de 58 que o inglês J. C. Robinson adquiriu em Fevereiro de 1866), foi demolido, sendo a sua pedra comprada pela Comissão de Melhoramentos da Penha, para a construção de um chalet.
Já o chafariz, que também vemos na fotografia, com uma taça dominada deus Neptuno sobreposto a quatro golfinhos de onde a água jorra, que era suposto ter sido conservado no local onde estava implantado, não o foi. Mas ainda existe: foi transferido, em data que desconheço, para um pátio do Paço de S. Cipriano (Tabuadelo), onde actualmente se encontra (fotografia abaixo).
Fotografia do SIPA (Sistema de Informação para o Património Arquitectónico.

[Com Nuno Saavedra]


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