Cartaz do 24 de Junho de 2011, por Vasco Carneiro Bastos
[continua daqui]
No dia 24 de Junho de 1972, escrevia-se no mesmo jornal:
Quanto à legislação que regula o estabelecimento dos feriados municipais, pouco sabemos. Somos, na emergência, quase ignorantes, o que nada nos custa confessá-lo. Mas quanto a tal data festiva devida a todos os Concelhos, sabemos pelo menos, até por que a efeméride atrás referida o confirma, que, durante alongados anos, com ela ornamos, justificadamente, o Fundador do Teatro Português. Razões, com certeza, houve para que tanto deixasse de acontecer. É que se não admite a perda de certificado abonatório da tão contestada naturalidade do autor do “Auto da Alma”, sem motivo que bem o justificasse.
O certo, porém, é que o nosso Concelho não tem, ao presente, o seu Feriado Municipal. Porquê, já que tantas terras o usam com justificações da mais diversa ordem? A resposta, necessariamente, não nos cabe. E, se calhar, até não existe de modo a aceitar-se. Parece-nos, entretanto, que outro melhor dia não haverá para consumar tal comemoração do que este em que todo Portugal olha para Guimarães, venerando o nosso feito de antanho, a reconhecer que AQUI NASCEU A PÁTRIA.
A primeira vez em que o 24 de Junho foi feriado municipal de Guimarães aconteceu em 1974, após a instauração da democracia em Portugal. Mas só a partir de 1983, ano em contaram com a presença do Presidente da República Ramalho Eanes, é que as comemorações da Batalha de S. Mamede se começaram a aproximar da solenidade que hoje lhes conhecemos.
5 Comentários
Informação dada pelo própria em entrevista oa PG.
Um abraço
Obrigado pela achega.
Não consegui encontrar, até agora, a proposta de designação do 24 de Junho, dia da Batalha de S. Mamede, para feriado municipal. Aliás, não foi fácil encontrar elementos que permitissem traçar a história do feriado municipal de Guimarães. Sei, por fonte indirecta, que a proposta da Câmara de criação do feriado municipal a 24 de Junho será de 1970, desde logo, como dizes, em mandato de Manuel Bernardino Araújo Abreu. Ainda não encontrei nada sobre a decisão que estabeleceu esta data. Apenas sei, também por fonte indirecta, que a primeira vez que foi respeitada foi em 1974.