Uma imagem para 2012

José de Guimarães, símbolo do logotipo do ICEP (1993)

Nos tempos que correm, a imagem corporativa constitui uma das principais marcas da identidade de uma instituição ou de um evento. O elemento central dessa imagem, o logotipo, mais do que um mero sinal gráfico, deve ser a marca: uma metáfora visual da identidade do objecto a que se refere. Para um acontecimento como a Capital Europeia da Cultura, o logótipo deve entrelaçar elementos caracterizadores da terra e das gentes de Guimarães, assim como referenciais simbólicos, imateriais e intangíveis, simultaneamente locais e europeus. Devendo ser, por natureza, um objecto simples, o símbolo deverá agregar um conjunto complexo de elementos identificadores facilmente compreensíveis. Ainda não foi definida a imagem corporativa de Guimarães 2012, tendo sido anunciada a intenção de a escolher através do lançamento de um concurso internacional. Parece-me um bom caminho, embora sinta que vai sendo tarde para arrancar com esse processo. Julgo que, com vantagem, poderia ser outra a opção, encomendando-se a concepção do logotipo da CEC2012 directamente a um artista de referência, reconhecidamente capaz de transpor para formas simples a complexidade dos elementos simbólicos em jogo, acrescentando-lhes uma significativa mais-valia de contemporaneidade e dimensão artística. Quem? José de Guimarães, claro.

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3 Comentários

Riot disse…
Só um reparo, convirá não confundir logótipo com símbolo. Essa imagem não é o logótipo do ICEP, é o símbolo.

Quanto ao resto, plenamente de acordo; o símbolo é um ponto fundamental de qualquer marca - e a marca é um ponto fundamental da imagem que Guimarães passará ao Mundo. É importante não esquecer que o conteúdo não sobrevive sem a forma.
Não nego que tenha razão, mas essa é uma questão em que o uso vulgar vai deixando cair a distinção que antes era clara. Um logotipo é,em sentido literal, uma combinação de letras (lettering, como se diz no jargão do meio) mais ou menos estilizadas, ao qual pode ser associada uma imagem (o símbolo de que fala). Ao conjunto de ambos, ou ao símbolo isolado, há quem chame de logomarca, neologismo que não aprecio particularmente. Cá por mim, tendo, como a generalidade das pessoas, por comodismo, a usar o sentido (embora não seja o mais puro, concedo) que o uso vulgar vai generalizando.
Anónimo disse…
A marca Guimarães 2012:

http://www.xiiistudios.com/Guimaraes2012_casestudy_JCampos_xiiistudios.pdf