De
Nespereira não temos memória paroquial de 1758. Apenas encontrámos,
um breve resumo sobre esta freguesia, num dos volumes de suplementos
às Memórias Paroquiais que se guardam na Torre do Tombo. Resumo que
tem erros, por colocar esta freguesia no termo do concelho de Lousada
e na comarca de Barcelos, quando pertencia ao termo e à comarca de
Guimarães. Era
vigairaria anexa à prebenda do tesoureiro da Colegiada de Guimarães.
De
onde vem o nome de Nespereira já aqui tratamos, quando escrevemos:
“Durante
largos séculos, em Portugal, o vocábulo nêspera designava,
exclusivamente, o fruto castanho, globuloso, acídulo e mole, que,
depois de colhido, era acondicionado sobre palha durante algumas
semanas, para concluir o seu processo de maturação. No território
que hoje é Guimarães, já havia uma “villa nesperaria” no ano
973, a Nespereira de Raul Brandão. Tal designação provinha,
necessariamente da nespereira comum ou europeia, com o nome
científico de mespilus
germanica,
já que a outra árvore, a que dá frutos dourados, doces e com
grandes caroços castanhos e brilhantes, a mespilus
japonica,
é originária do Oriente e só foi introduzida na Europa em finais
do século XVIII.”
Para
informação mais desenvolvida, sugiro a leitura deste texto: A
nêspera.
Nespereira
Nespereira
é aldeia e paróquia do termo do concelho Lousada na comarca de
Barcelos.
O seu povo consta de 114 fogos na matriz dedicada a S. Eulália.
O pároco
é vigário apresentado pelo mosteiro da Real Colegiada de Guimarães
e tem de côngrua 50$000 réis.
Referências
documentais:
“Nespereira”,
Dicionário Geográfico de Portugal
(Memórias Paroquiais), Arquivo Nacional-Torre do Tombo,
Vol. 42, n.º 231,
p. 110.
NESPEREIRA,
Freguesia no Arcebispado de Braga, tem por Orago Santa Eulália, o
Pároco é Vigário da apresentação do Tesoureiro-mor da Colegiada
de Guimarães, rende cinquenta mil réis. Dista de Lisboa sessenta
léguas, e de Braga três, tem cento e quatorze fogos.
Paulo
dias de Niza, Portugal
Sacro Profano, ou catálogo alfabético de todas as freguesias dos
reinos de Portugal e Algarve,
vol. II, 1768, p. 64
[A
seguir: São Martinho de Candoso]
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