Igreja de S. João de Pencelo. |
Como sucede com
Urgezes/Urgeses, o modo como se escreve o nome desta freguesia, Penselo ou Pencelo, também
tem suscitado justificadas dúvidas. Há mesmo autores que, nos seus
escritos, usam indiferentemente uma e outra forma. Compulsando os
Vimaranis Monumenta Historica, verificamos que, em 1014, o rei
Ramiro fez doação a Mumadona da “villa pensello”. Na descrição
das confrontações de várias propriedades doadas ao mosteiro de
Guimarães, datada de 1058, consta “penselio”. Num inventário
das igrejas e mosteiros de Guimarães de 1059, faz-se menção à
igreja de “sancto iohanne de penselo”. Nas Inquirições do reino
aparece como “Penselo” (1220 e 1258), “Pensello” (1290) ou "Pensselho" (1304). No século XVIII ainda se escrevia "Penselo". No
século XIX surgem as duas formas, em uso simultâneo (no Portugal
Antigo e Moderno, de Pinho Leal, o verbete referente a esta
freguesia usa ambas: "Pencêllo ou Pensêllo". O século XX consagrou a
designação oficial, Pencelo, embora, ao que se percebe, a História
se inclinasse mais para Penselo.
Esta
freguesia, por onde passa o rio Selho, que ali tinha duas pontes e
diversos moinhos, andou anexada à de Fermentões, entre 1896 e 1908.
A casa de Sapos foi berço de António José Leite Guimarães, futuro
Barão
da Glória, que nasceu em 1806, José Joaquim Leite Guimarães,
futuro Barão
de Nova Sintra, que veio ao mundo em 1808.
Pencelo
Pencelo é
aldeia e paróquia do termo da vila Guimarães na comarca do mesmo
nome. O povo desta paróquia constava, no tempo do Académico Lima,
de 48 fogos, com 150 almas de comunhão e pouco depois achou o
Portugal
Sacro
189 fogos, todos pertencentes à matriz dedicada a São João
Baptista.
O pároco
é abade da apresentação do Padroado Real. Tem de côngrua 250$000
réis.
“Pencelo”,
Dicionário Geográfico de Portugal
(Memórias Paroquiais), Arquivo Nacional-Torre do Tombo, Vol.
42, memória 308, p. 147.
0 Comentários