A fechar a
série de textos que o historiador e arqueólogo Inácio de Vilhena Barbosa
dedicou aos monumentos e às praças de Guimarães, que vieram inicialmente a
lume nas páginas da revista Arquivo Pitoresco, publicámos aquele em que traça uma
panorâmica geral da cidade, da sua história, da sua economia e do seu património,
ilustrado por uma gravura que reproduz uma vista geral de Guimarães tomada a
partir de um dos seus miradouros mais privilegiados, os jardins do palacete de
Vila Flor. Com este texto, que complementa os restantes onze que aqui
divulgámos ao longo das últimas semanas, se conclui uma revisitação de
Guimarães em meados do século XIX, marcada por uma escrita de primeira água e por um rigor histórico até
aí desconhecido nos estudos sobre Guimarães e que muitos dos que o viriam a repetir,
sem o citar, não almejaram alcançar.
Um texto
cuja leitura se recomenda a todos os que se interessam pela história e pelo
património de Guimarães.
Cidade de Guimarães
A história
da fundação de Guimarães e seus primeiros progressos está incluída na da colegiada
de Nossa Senhora da Oliveira e na do castelo da condessa D. Mumadona. Seria
pois superfluidade repetir aqui o que dissemos largamente acerca destes dois
monumentos a pág. 353 do vol. IV e 204 do vol. VI.
Já sabem,
portanto, os nossos leitores como a vila de Guimarães nasceu e prosperou à
sombra dos muros protectores da casa de Deus, e da praça de guerra; como o
conde D. Henrique de Borgonha, e sua mulher, a rainha D. Teresa, entrados na
posse do condado de Portugal, vieram estabelecer a sua corte em Guimarães, e a
sua habitação no castelo da condessa D. Mumadona. Sabem também que neste castelo,
em um palácio que hoje apenas alcançaria o título de humilde casa burguesa, teve
o berço o nosso primeiro rei e um dos mais esforçados campeões que houve naquela
idade.
Sabem,
finalmente, que D. Afonso Henriques, muito antes de receber dos seus soldados o
título de rei de envolta com os louros de uma grande vitória, fora cercado naquela
fortaleza por seu primo, D. Afonso VII, rei de Leão e de Castela, que o queria
obrigar a render-lhe vassalagem. Também já referimos a lenda do velho e fiel
aio D. Egas Moniz, quando empenhou a sua palavra para afastar os inimigos da
presença do seu príncipe, e que depois ofereceu a própria vida e a de sua
mulher e filhos em holocausto da palavra não cumprida.
Não
desfrutou Guimarães por muitos anos as regalias e vantagens de corte. D. Afonso
Henriques, impelido pelo braço da Providência, que o destinara para resgatar
Portugal do jugo mauritano, transferiu a sua corte para Coimbra logo que
principiou a estender as suas empresas pela Estremadura e Alentejo, ainda em
poder dos sarracenos.
A religião
indemnizou, porém, a vila do que a política lhe fez perder. À maneira que a
espada gloriosa de D. Afonso Henriques dilatava os limites da nascente monarquia,
arremessando para longe as hostes agarenas, afluíam a Guimarães cada vez mais
os romeiros e peregrinos, vindos de muitas léguas em derredor, e até da Galiza,
para venerarem a sagrada e milagrosa imagem de Nossa Senhora da Oliveira.
Foi
crescendo a devoção com a fama dos milagres, e assim também se engrandeceu a vila
sob a protecção da Virgem, estabelecendo-se nela muitas famílias nobres, e
algumas ordens religiosas.
No meio destas
prosperidades veio açoitá-la o flagelo da guerra; a primeira vez, nas
discórdias que rebentaram entre el-rei D. Dinis e o infante D. Afonso, seu
filho e sucessor1; a segunda, na luta da independência de Portugal
travada entre o mestre de Avis e D. João I de Castela.
Foi durante
este período de cem anos que el-rei D. Dinis e seu filho D. Afonso IV cercaram
de muros a nova vila de Guimarães, aos quais el-rei D. João i acrescentou várias
torres.
No século
seguinte (XV) enobreceu a vila com um grandioso palácio o conde de Barcelos, D.
Afonso, ao diante 1.° duque de Bragança, filho bastardo de el-rei D. João I.
Referir que este príncipe ia de vez em quando passar temporadas a este palácio;
que nele habitou depois de viúva, e aí faleceu, a duquesa D. Constança de
Noronha, sua segunda mulher, neta pela parte paterna de D. Henrique II, rei de
Castela, e pela materna de el-rei D. Fernando de Portugal; e que outros
príncipes desta família ali viveram, ainda que em residência temporária,
equivale a dizer que a vila de Guimarães assumia nessas ocasiões o aspecto
animado e esplêndido de uma corte, tal era o fausto com que se tratavam os
duques de Bragança, e tais o número e qualidades da criadagem que os servia2.
Além disto, recebeu por várias vezes as visitas dos nossos soberanos.
Foi seu
primeiro donatário D. Fr. Álvaro Gonçalves Camelo, por mercê de el-rei D. João I,
no ano de 1403. Vagando depois para a coroa, foi dado este senhorio por el-rei
D. Afonso V a D. Fernando, 1.° do nome e 2.° duque de Bragança; e ao filho
primogénito deste, também D. Fernando, foi concedido por essa ocasião o título
de conde de Guimarães, que mais tarde foi elevado a duque.
O século XVI
foi para esta vila um misto de festas e tristezas, de ventura e de infortúnio.
Tendo casado o infante D. Duarte, filho de el-rei D. Manuel, com D. Isabel,
filha de D. Jaime, 4.° duque de Bragança, que lhe trouxe em dote o senhorio e palácio
de Guimarães, intitulou-se aquele príncipe duque de Guimarães, título e
senhorio em que lhe sucedeu seu filho D. Duarte, por cuja morte foram
incorporados na coroa.
Passado
algum tempo depois do seu consórcio, foram os reais noivos recebidos nesta vila
e obsequiados durante a sua permanência nela com toda a sorte de galas e
festejos usados nesses tempos. E, enquanto o povo assim folgava,
desenvolviam-se a indústria manufactora e o comércio, incitados e alimentados pela
navegação do alto mar, fruto dos descobrimentos e conquistas verificados no
decurso de cem anos.
Porém, as
pestes que assolaram Portugal neste mesmo século XVI converteram por vezes em
dor e luto todas aquelas alegrias e felicidades, dizimando cruelmente a
população da vila, sobretudo na chamada grande peste do ano de 1569, que fez
mais de duas mil vítimas dentro dos muros de Guimarães, isto é, roubou-lhe
metade dos habitantes que então encerrava.
O jugo de
Castela, as invasões dos holandeses e franceses no Brasil e as guerras da
restauração da nossa independência, apesar de que o inimigo não ousasse afrontar-lhe
os muros, estagnaram o seu comércio e tornaram decadente a sua indústria
fabril.
Com a
entrada do século XVIII, volveram-lhe de novo os dias felizes, porque a
descoberta das minas de oiro e diamantes do Brasil, fazendo reviver o amortecido
comércio do reino, ressuscitaram aqueles dois ramos da indústria de Guimarães.
Esta quadra
de prosperidade estendeu-se por quase todo o século, durante o qual teve a vila
mui notáveis aumentos, tanto em população como em edifícios nobres.
Não lhe foi assim
propícia a primeira metade do século XIX. Os males que sobrevieram ao país com
as invasões dos espanhóis e franceses; depois. a separação do Brasil e, logo em
seguida, as nossas discórdias civis, lançaram no mais profundo abatimento as
suas manufacturas de linho, cutelarias, serralharias e curtumes de coiros, que
davam emprego à maior parte dos seus filhos.
Estas
desgraças foram ainda acrescentadas pelo abandono em que jazeu a viação pública
por largos anos, de modo que a vila de Guimarães chegou a ter as suas comunicações,
não diremos já com Lisboa, mas com as terras importantes da província,
incluindo Braga, a três léguas de distância, se não interrompidas, pelo menos
dificílimas.
Estamparam-se
todas estas calamidades públicas nos edifícios da vila como a doença no rosto
do enfermo. As ruas, onde moravam os industriais e outros indivíduos da classe
desfavorecida da fortuna, pareciam uma povoação próxima a cair em ruínas.
A
instituição de um mercado semanal veio travar da roda a esta progressiva
decadência. Graças à fertilidade do solo dos terrenos circunvizinhos, e graças também
aos hábitos laboriosos daquele bom povo, o mercado de todos os sábados tomou tais
proporções, que em breve apresentou a aparência de uma grande feira anual. O
seu movimento, principalmente em fazendas de lã, seda, linho e algodão; em
loiças, cutelarias, ferragens e utensílios de lavoira; em legumes e cereais; em
grão, farinha e pão cozido; e em gados vacum e suíno, representa valores de
bastantes contos de réis. 3
Em 1845,
organizou-se a companhia das obras públicas e, começando os seus trabalhos nesse
mesmo ano, foi a estrada do Porto a Guimarães por Santo Tirso uma das primeiras
obras que empreendeu. Porém, a revolução que rebentou na província do Minho, no
ano seguinte, paralisou todo este esforço, deixando aquela estrada em meio da construção.
Felizmente,
passados alguns anos, o país entrou em via de progresso, vagaroso, mas regular,
e sem interrupção. A província do Minho foi dotada com belas estradas, que já
ligam entre si as suas principais povoações, e que se vêem continuamente
concorridas de diligências. Guimarães goza também deste benefício. Por meio da
nova estrada que conduz a Vila Nova de Famalicão, tronco ou centro de quase
todas que cortam a província, comunica-se fácil e comodamente com as grandes
terras do Minho e, por conseguinte, pelo auxílio dos caminhos-de-ferro, com as
províncias do Douro, da Beira, da Estremadura e Alentejo. A estrada para o
Porto por Santo Tirso está quase concluída, e não tardará muito que tenha outra
para Trás-os-Montes, actualmente em construção.
Estes
melhoramentos, além de outros introduzidos modernamente na legislação e no sistema
económico do país, deverão trazer um futuro próspero a uma terra tão
industriosa e tão generosamente dotada pela natureza, como esta é.
Recebeu
Guimarães o seu foral das mãos do conde D. Henrique de Borgonha. No antigo
regime gozava da prerrogativa de enviar procuradores às cortes, os quais se
sentavam no banco terceiro. Tem por brasão de armas, desde muita antiguidade,
um escudo com a imagem da Virgem, em campo de prata, tendo nos braços o Menino
Jesus, que empunha, na mão esquerda, um ramo de oliveira. Guimarães foi elevada
à categoria de cidade pela sra. D. Maria II.
Está sentada
esta nobre povoação em terreno um tanto alto e levemente acidentado, próximo
das faldas da serra de Santa Catarina. Dista do Porto uns 40 quilómetros para o
norte e 15 de Braga para leste.
É capital de
um concelho muito extenso e populoso e cabeça de comarca. Pertence à província
do Minho, distrito administrativo de Braga. É quartel de um batalhão de
caçadores.
Encerra uns
sete mil habitantes, que se dividem pelas seguintes paróquias: Nossa Senhora da Oliveira, S. Miguel do
Castelo, S. Sebastião, S. Paio e S.
Tiago. Acerca da primeira, que desfruta o título de insigne e real colegiada
e as honras de capela real; e sobre a segunda, onde foi baptizado o fundador da
monarquia, podem os nossos leitores ver o que escrevemos a pág. 5, 41, 166 e
353 do vol. IV e 172 deste vol.
Dizem que a igreja
de S. Tiago fora, sob o domínio dos romanos, um templo gentílico dedicado a
Ceres. Deu fundamento a esta opinião uma lápida com uma inscrição que aí se
achou, quando se fez a reedificação desta igreja paroquial.
É Guimarães
uma das terras do reino que possui maior número de igrejas e ermidas, conventos
e estabelecimentos de caridade. Faremos, portanto, menção das principais:
A igreja da Misericórdia, situada no largo
do mesmo nome, foi fundada em 1585. Nada tem que mereça notar-se.
Nossa Senhora da Consolação é um templo
moderno, de arquitectura ornamentada, que se ergue graciosamente em um dos
extremos da cidade e no meio de risonha paisagem. 4
A igreja de S. Dâmaso foi fundada em 1641
em honra deste santo pontífice, que era natural desta cidade.
O convento de Nossa Senhora das Neves,
chamado vulgarmente de S. Domingos,
da ordem dos pregadores, teve a sua primeira fundação em 1271. Foi reconstruído
e ampliado em 1395, e novamente reedificado no século XVII. Tem um grande
templo, rico interiormente em obra de talha doirada, e que está bem conservado
para o culto.
O convento de S. Francisco, que foi de
religiosos franciscanos. Também se pode dizer que teve três fundações, em 1216,
1274 e 1322. Na igreja, que conserva a sua antiga estrutura, está sepultada a
duquesa de Bragança, D. Constança de Noronha, de que acima falámos. Junto desta
igreja acha-se o templo do hospital dos terceiros de S. Francisco.
Convento de Santo António, que
pertenceu aos frades capuchos da província da Soledade, foi erecto em 1644.
Depois da extinção das ordens religiosas estabeleceu-se nele o hospital
militar.
Convento de Santa Clara, de
religiosas claristas, teve princípio no ano de 1540. É grande o edifício do
convento e ainda encerra crescido número de moradoras, mas quase todas
recolhidas ou educandas. As religiosas são poucas.
Convento de Santa Rosa, de freiras
domínicas, foi construído em 1680.
Convento da Madre de Deus, de
religiosas capuchas, foi fundado em 1673. Suprimiu-se há pouco tempo, se não
nos falha a memória, por não ter o número canónico.
Convento de Santa Teresa, de freiras
carmelitas calçadas, erecto em 1685. Foi extinto pelos anos de 1850, em
consequência de ter falecido a última religiosa. Serviu depois de hospital do
batalhão de caçadores n.º 7 e, há pouco tempo, foi concedido pelo governo à
sociedade instituidora do asilo de infância desvalida de Santa Estefânia. 5
Os
estabelecimentos de caridade são, além deste, os hospitais da Misericórdia, de Santo António dos Capuchos e dos terceiros de S. Francisco e de S.
Domingos. Os dois últimos são muito importantes e bem administrados, e ocupam
grandes edifícios. O de S. Domingos tem contíguo um jardim espaçoso e desafrontado,
que se plantou haverá 18 ou 20 anos e que costuma ser franqueado ao público.
Para se fazer ideia dos recursos de que dispõem estes dois estabelecimentos e
da grandeza que ostentam, bastará dizer que cada uma das duas confrarias conta
de mil a dois mil irmãos e que andam em competências de qual delas terá o seu
templo mais bem ornado, e nele mais esplêndidas funções, e o seu hospital com mais
asseio e melhor serviço. Exceptuando a gente pobre, poucas pessoas deixam ali
de pertencer a uma destas confrarias, qualquer que seja a sua idade ou sexo.
As ruas de
Guimarães são em geral estreitas, tortuosas e pouco limpas; mas, em
compensação, possui grandes praças, e algumas delas guarnecidas de chafarizes e
boas casas. As principais são: praça do
Toural6; terreiro de S.
Francisco, onde estão as duas igrejas desta invocação; a praça Maior, em que se erguem a colegiada
de Nossa Senhora da Oliveira e a casa da câmara; a praça do Peixe, que se abre em frente da igreja paroquial de S. Tiago;
terreiro da Misericórdia7;
terreiro de S. Sebastião; e campo da Feira. 8
Da casa da câmara
já tratámos em outro lugar. 9
Tem esta
cidade um teatro intitulado de D. Afonso
Henriques. Também no convento de S. Francisco se construiu outro, mas não
sabemos se ainda existe.
Apesar de se
terem cometido em Guimarães muitos actos de vandalismo contra os monumentos da
antiguidade, ainda conserva de pé alguns muito apreciáveis. Além dos que temos
citado, encerra os que se seguem: Paço
dos duques de Bragança, obra do 1.° duque, próximo do castelo; é um vasto edifício,
pela maior parte em ruínas, servindo, contudo, de quartel10; a alfândega, antigo e curioso edifício; várias
torres e alguns lanços da cerca dos muros de D. Dinis.
Abastecem a
cidade de excelente água muitas fontes, dentre as quais sobressai, por mais
esbelta e de melhor fábrica, a da praça do Toural. (Vid. a gravura e artigo a
pág. 92 e 93 deste vol.
Não tem
passeio público propriamente dito, porém suprem-lhe essa falta o jardim dos
terceiros de S. Domingos e o campo da Feira, modernamente plantado de árvores e
realçado pela ribeira que o corta e por sua magnífica ponte coroada de estátuas
e guarnecida de assentos e árvores.
Os
arrabaldes são encantadores. Acidentados, cobertos de uma vegetação pomposa e
regados por uma infinidade de fontes e ribeiros, apresentam muita variedade de
sítios amenos, formosos e pitorescos. Dão-lhe bastante realce os palácios e
quintas dos srs. condes de Arrochela e de Vila Pouca, com os seus jardins
dispostos em tabuleiros, como degraus de um trono, guarnecidos de bonitos
lagos, estátuas, vasos, pirâmides e balaustradas de pedra.
A serra de Santa Catarina e o mosteiro da Costa são também singulares
ornamentos destes arrabaldes. A serra é muito parecida com a de Sintra na
espessura dos bosques, na corpulência das árvores, nas águas que se despenham
pelas quebradas, nos rochedos descomunais de que está eriçada e nas grutas que
se abrem debaixo dos enormes penedos que lhe fazem coroa. São duas grandes lapas
uma sobre a outra. A de cima transformou-a a devoção em uma capela de Santa Catarina,
que dá o nome à serra e que é muito concorrida de romagens.
O mosteiro de Santa Marinha da Costa acha-se
edificado no dorso desta serra. Era um dos célebres mosteiros do país; rico no edifício,
nas rendas, e em memórias da rainha D. Mafalda, que o fundou, e de D. António,
prior do Crato, que foi ali educado. Pertenceu aos monges de S. Jerónimo. Na
sua cerca havia dois carvalhos colossais, que foram plantados pela rainha
fundadora. Um deles secou haverá trinta anos. O outro conserva-se frondoso e
cheio de viço, contando sete séculos, como se apenas tivera um. Medindo-o a
primeira vez que fomos a Guimarães, em 1845, achámos que tinha de
circunferência o tronco principal 47 palmos. É uma das maiores árvores que
existem no país. É um verdadeiro monumento do reino vegetal. O edifício do
mosteiro é hoje propriedade particular. A igreja conserva o culto e, em dia de
Santa Marinha, que é o seu orago, faz-se nela uma grande festa, que atrai a
este lindíssimo sítio extraordinária concorrência de romarias.
O concelho
de Guimarães é um dos mais férteis e produtivos da província do Minho, tanto
pela feracidade do torrão, como pela abundância de águas que brotam de toda a
parte e se cruzam em todas as direcções. Produz muitos cereais, especialmente
milho, boa quantidade de legumes, vinho verde, linho, algum azeite e bastantes
frutas, sobretudo castanhas. Tem excelentes pastagens, em que se cria muito
gado.
Guimarães tem
sido berço de muitos santos e de muitos varões ilustres nas armas, nas ciências
e nas letras.
A nossa
gravura é cópia de uma fotografia do sr. Seabra. O primeiro plano representa um
dos jardins do sr. conde de Arrochela.
I.
DE VILHENA BARBOSA.
[in Arquivo Pitoresco, vol. VII, Lisboa, 1864, pp. 3375-340]
NOTAS:
1 Vid. Pág. 348 do vol. V.
2 Vid. Pág. 47 do vol. IV.
3 Vid. o que dizemos acerca deste mercado a pág. 218 deste vol.
4 Vid. a gravura e artigo a pág. 92 e 93 deste vol.
5 Vid. a gravura e artigo a pág. 57 do vol. V.
6 Vid. a gravura e artigo a pág. 217 deste vol.
7 Vid. o artigo e gravura a pág. 345 do vol. VI.
8 Vid. pág. 92 deste vol.
9 Vid. a gravura e artigo a pág. 385 do vol. V.
10 Vid. a gravura e artigo a pág. 33 do IV vol.
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