O Terreiro das Claras (3)


O Convento de Santa Clara. A entrada para a Igreja fazia-se pela porta que aparece à direita na fotografia.
(clicar para ampliar)

Em 1834, foram extintos os conventos portugueses. Os masculinos foram abandonados de imediato pelos frades. Quanto aos femininos, seriam encerrados assim que falecesse a última freira, não sendo permitidas novas admissões. A última religiosa professa de Santa Clara de Guimarães, Madre D. Antónia Amália da Assunção Viegas faleceu no dia 8 de Setembro de 1891, com 76 anos de idade. Em Agosto de 1893, o edifício foi entregue à Colegiada, para nele instalar o Seminário de Nossa Senhora da Oliveira. Por essa altura, o Terreiro das Claras passou a ser designado por Largo do Seminário-Liceu. A República iria rebaptizá-lo como Largo Francisco Ferrer (anarquista catalão, autor de um projecto pedagógico libertário, a Escola Moderna), o que provocou larga polémica. Em 1918, a pedido da Sociedade Martins Sarmento, passou a homenagear uma das figuras mais brilhantes da cultura vimaranense, adoptando o nome de Largo Dr. João de Meira. Seis anos mais tarde, a Câmara decidiu que se passasse a denominar Largo Cónego José Maria Gomes, designação que se manteve até aos dias de hoje.

Em 1924, a Câmara tomou posse do edifício do Convento de Santa Clara para nele instalar o Liceu Martins Sarmento e Internato Municipal para estudantes menores. Em 1928, foi decidido transformar a igreja do Convento em ginásio, obra que tardaria a concretizar-se (seria inaugurada em 1943). Mesmo depois da mudança do Liceu para um novo edifício, construído de raiz para o alojar, continuou a ser usado como escola. Dali sairia, já depois de 1974, a Escola João de Meira. Entretanto, a partir de 1968, os serviços da Câmara Municipal tinham passado a partilhar o convento de Santa Clara com a Escola. Depois de vários projectos de construção de novas instalações para a Câmara, os Paços do Concelho acabaram por encontrar instalações definitivas no convento quinhentista.

Comentar

0 Comentários