O Convento de Santa Clara no início do séc. XX. (clicar para ampliar) |
O actual largo Cónego José Maria Gomes, outrora conhecido como o Terreiro das Claras, é dominado pela fachada do Convento de Santa Clara de Guimarães, que começou a ser construído em 1548, na Rua de Santa Maria, por iniciativa de Baltazar de Andrade, cónego mestre-escola da Colegiada. As obras foram, em parte, suportadas por uma pensão paga por um imposto sobre o vinho vendido no concelho de Guimarães. O mestre-escola da Colegiada, ao instituir o convento, assegurou que seria o seu “visitador perpétuo” (responsável pela inspecção ao funcionamento do convento) e que nele fossem admitidas as suas três filhas ilegítimas, Helena, Joana e Francisca, que haviam professado em Amarante. O Papa concedeu a Baltazar de Andrade o privilégio de instalar uma espécie de dinastia no novo convento: a filha mais velha do cónego foi nomeada abadessa perpétua, e a que se lhe seguia, em idade, seria a vigária. Por morte da abadessa, suceder-lhe-ia a irmã seguinte. Joana não chegou a dar entrada em Santa Clara de Guimarães, por ter falecido antes da inauguração do convento, que aconteceu em 1562. Helena foi abadessa até 1590 e Francisca desde esse ano até à sua morte, em 1597.
O Convento de Santa Clara era famoso pelas doçuras das suas freiras. Nem todas eram feitas com açúcar…
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