A propósito das notícias acerca das retribuições pagas pela Fundação Cidade de Guimarães que têm vindo a público e que amplificam rumores e especulações que vão circulando, nomeadamente pela Internet, alguns dos quais particularmente ofensivos e injustos, tenho a esclarecer, pela parte que me toca, o seguinte:
1. Faço parte do Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães em representação da Sociedade Martins Sarmento, por designação da Câmara Municipal de Guimarães, sufragada em reunião da vereação.
2. Não tive qualquer participação na definição da política remuneratória da FCG, da qual apenas agora tomei conhecimento (até aqui, apenas conhecia o valor das senhas de presença dos vogais do Conselho Geral da FCG).
3. Integro a direcção da Sociedade Martins Sarmento há 20 anos, exercendo as funções de Presidente da Direcção desde meados de 2004, sem nunca ter recebido um cêntimo de retribuição pelo trabalho que desenvolvo na instituição (antes pelo contrário, já que continuo a pagar as minhas quotas anuais de sócio da SMS).
4. Por entender que a minha condição de membro do CG da FCG resulta de representação institucional da Sociedade Martins Sarmento, assumi, desde sempre, que qualquer verba por mim recebida a título de senhas de presença em reuniões reverteria para a instituição que represento, pelo que não retiro qualquer benefício pessoal, grande ou pequeno, da minha presença naquele órgão, que aceitei integrar com o único propósito de contribuir para que a Capital Europeia da Cultura seja um acontecimento no qual os cidadãos de Guimarães se revejam.
8 Comentários
Nomear rapazes e raparigas
Continuação da aula anterior - vai-se a ver e não é nada
Vai-se a ver e até é alguma coisa
Guimarães 2012 gasta 1,3 milhões de euros por ano em salários
Capital da Cultura 2012 reduz vencimentos que chegam a 14300 euros
Cultura da mentira
Salários caem na Fundação
Deixem-nos em paz!!!
Mais Pobrezinhos, mas não envergonhados
A corrosão na ética
FUNDAÇÃO Cidade de Guimarães
Orçamento zero
Não nos falta motivo para ficarmos preocupados, pois não? Até porque em Guimarães não estamos habituados a que as coisas desçam a este nível. Foi preciso vir esta gente de fora para nos envergonhar.
Quanto à questão que coloca, direi que estamos em presença de um valor inconcebível, pelo menos para quem conhece bem o que é o trabalho na área da cultura e lida no dia-a-dia com tremendas dificuldades que obrigam a contar todos os tostões. Não falarei do caso em concreto, do qual se tem falado já tanto. Em termos genéricos, direi que entendo que as pessoas devem ser remuneradas com dignidade pelo trabalho que executam, seja ele qual for, para o qual devem ser recrutadas de acordo com regras claras e transparentes. Não me parece que se devam pagar, com dinheiros públicos, remunerações manifestamente desenquadradas com as regras da Administração Pública ou com as que se aplicam aos titulares de cargos políticos.
Ainda por cima, nos tempos que correm..
A. Freitas
http://dre.pt/pdf1sdip/2009/08/16700/0569205699.pdf
percebo a publicação deste texto, mas penso que ele é descabido. Desde logo, porque só porá em causa o presidente da maior instituição cultural vimaranense quem não o conhece ou quem não acompanha o seu trabalho.
Já sobre o cidadão António Amaro das Neves tenho só um pequeno comentário: insuspeitíssimo.
Ou seja, não dá para entender e é inaceitável que haja alguma ligação à pessoa de Amaro das Neves em algum sítio onde se fale dos valores auferidos na Fundação Cidade de Guimarães.
Confesso que me incomoda ver que esta polémica, mais os rumores que gerou, por falta de esclarecimento, estejam a contribuir para que se lance lama que atinge todos quantos estão ligados, de alguma maneira, aos órgãos da FCG. Acho absolutamente intolerável o que por aí se vai dizendo, por exemplo, de Jorge Sampaio. Absolutamente lamentável.
Obrigado pelas tuas palavras. Mas nem toda a gente sabe como é que nós por cá funcionamos.