Produtos de cutelaria vimaranense (ilustração da obra La Coutellerie depuis l'origine jusqu'à nos jours...).
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Na obra La Coutellerie depuis l'origine jusqu'à nos jours, la fabrication ancienne et moderne, par Camille Pagé, impr. de H. Rivière (Châtellerault), 1896-1904, Partie 5,Tome 6, páginas 1299 a 1301, encontram-se referências à indústria de cutelarias de Guimarães:
"Guimarães, cidade de 8.205 habitantes no norte de Portugal, a 39 km do Porto. É a única localidade de Portugal onde a cutelaria tem tido um certo de desenvolvimento.
A cutelaria de Guimarães teve um momento alto no século XVII, ao mesma tempo que as outras cidades de Espanha, quando Portugal fez parte do reino Espanha.
Cutelaria moderna. - Actualmente, a cutelaria de Guimarães está estabelecida em pequenas oficinas, tanto no interior da cidade como nas aldeias dos arredores.
As oficinas compreendem de dois a dez trabalhadores e os patrões trabalham com os seus trabalhadores. Estima-se em 150 o número de patrões e em cerca de 430 o dos trabalhadores.
O valor da produção é estimado em 300 mil francos, aproximadamente.
A instalação de cada oficina é extremamente simples, os instrumentos utilizados são: a bigorna, a forja do sistema antigo, o martelo, a prensa de ferro, a lima, a mó de amolar e a roda de polir manual.
Nestas oficinas fabricam-se garfos finos e ordinários, facas finas e ordinárias, cutelos, facas de cozinha, tesouras, machados, foices e canivetes.
Todos os objectos possuem a marca do fabricante.
Oficina de cutelaria vimaranense (ilustração da obra La Coutellerie depuis l'origine jusqu'à nos jours...).
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Damos a lista dos principais fabricantes de cutelaria de Guimarães, na época actual (1900):
Manuel José da Silva, Domingos Calçada. Francisco José, Joaquim Antunes, Rodrigo da Silva; J. L. Pereira, Jerónimo de Freitas, José Francisco Trades, Manuel de Freitas, Domingos Doceiro Rabiços, Miquel de Pina, Laranio.
Encontram-se alguns dos nomes que mencionados no século XVIII. Procurámos alguns objectos de cutelaria de Guimarães, graças a à bondade do Senhor o Cônsul de França para Porto.
(…)
Salário dos trabalhadores. - O salário dos trabalhadores cutileiros de Guimarães varia entre 2 fr. 50 e três fr. 35 por dia, e o dos ajudantes entre 1 fr. 10 e 1 fr. 65.
Aqueles que fazem garfos são menos bem pagos; os mestres ganham 1 fr. 65 por dia com uma tigela de sopa, mas fazem-lhes uma pequena dedução pela deterioração das ferramentas. Os trabalhadores ganham de 0 fr. 70 a 0 pt. 80 por dia."
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