A muralha de Guimarães no início do séc. XIX

Em 1957, o Mário Cardozo publicou, na Revista de Guimarães, um artigo em que mostrava dois desenhos do início do século XIX, representando a actual avenida Alberto Sampaio. De encosto à muralha, ainda lá estavam a Torre dos cães e um renque de oliveiras. Arrancando junto da capela da Senhora da Guia, estendia-se, rua acima, um passeio que acabava junto de uma fonte onde as gentes se iam abastecer de água, a Fonte da Barrela. O terreno que, ao longo do passeio, se encostava à muralha, estava então aforado a um tal Cristóvão Francisco Barroso, que foi Procurador do Concelho, para aí erguer a sua nova residência. Ao fundo da rua, à entrada do Campo da Feira, erguia-se um cruzeiro. 

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Transcrição da legenda:

Esta rua tem de comprimento até à quina da Capela 117 varas. Contando da torre até à dita capela, tem de largura 20 na sua entrada. Tem o muro de altura 8 varas, e em partes mais.

Para melhor mostrarmos os sítios Conheceremos pelos números.

N. 1 Passeio que vai até às Oliveiras.

N. 2 Fonte chamada da Barrela.

N. 3 Entrada da calçada que vai para Santa Cruz / por outro modo / à Torre dos Cães.

N. 4 Caminho para o Lugar da Pupa.

N. 5 Caminho que vai para o lugar das Hortas.

N. 6 Entrada para o Campo da Feira.

N. 7 Capela da Senhora da Guia.

N. 8 Lugar, e sítio que a Câmara desta Vila aforou a Cristóvão Francisco Barroso para a edificação das suas novas Casas, cujo terreno se mostra pela linha oculta que vai apontada de vermelho, cuja terra fica pela parte de trás da Capela.


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Legenda: 1 - Capela da Senhora da Guia; 2 - Passeio; 3 - Fonte da Barrela; 4 - Oliveiras; 5 - Torre dos Cães.

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