Das esplanadas

É verdade que a oliveira (a árvore) da praça já teve melhores dias: a que ali vemos é uma árvore doente, a pedir que a tratem ou que a substituam por um espécime mais saudável e frondoso. Mas não é isso que mais fere o olhar quando olhamos para dois elementos da identidade visual e simbólica de Guimarães implantados na nossa praça maior: a oliveira, um dos símbolos de Guimarães, com lugar no brasão da cidade, e o Padrão da Vitória, um dos ex-libris vimaranenses mais fotogénicos. Custa a perceber como é que, num Centro Histórico classificado como Património Mundial, se permite o afogamento de duas peças relevantes do seu património, hoje sitiadas pelas esplanadas, que foram ganhando espaço na Praça à medida que novos estabelecimentos abriram portas. Todos sabemos que a condição de património classificado implica um conjunto de regras e de restrições muito apertadas que, pelos vistos, não se aplicam a esta forma de ocupação do espaço público.

Aliás, esta questão não afecta somente aquele espaço do Centro Histórico. Vai-se estendendo por diferentes praças e artérias da cidade, em especial depois da entrada em vigor da lei que regula o consumo de tabaco, e que, conquistando espaço ao passeio público, dificultam os movimentos dos transeuntes, nomeadamente daqueles que têm a sua mobilidade diminuída.

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