À volta do Guimarães das "duas caras" (7)

Jano, do Museu do Vaticano

Duas caras tem Jano (Janus), o deus romano das portas (janua), das entradas e saídas, dos princípios e dos fins, sendo representado com uma cabeça bifronte, com duas caras que olham em sentidos opostos. Em muitas das suas representações, uma das faces é representada com barbas, e a outra imberbe. Simboliza o passado e o futuro. Era adorado no início das sementeiras, das colheitas, nos casamentos, nos nascimentos, e em outros começos, especialmente nos começos de acontecimentos importantes na vida das pessoas. Tem uma natureza dúplice: representa a paz, mas também a guerra, o campo e a cidade. Após sua morte, passou a ser celebrado como protector de Roma. A sua cabeça com duas caras é representada, frequentemente, nas moedas romanas. O seu mês é Janeiro, a que deu o nome.

Se os de Guimarães, algum dia, se lembrassem de mandar fazer uma escultura que simbolizasse a sua cidade, com duas caras, provavelmente iriam inspirar-se no deus Jano.

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