Ainda as árvores do Toural

Na discussão que tem vindo a lume acerca do projecto de renovação do Toural, o debate tem-se centrado num detalhe (as árvores), em vez de dissecar a substância (o parque de estacionamento e o atravessamento subterrâneos). Qualquer decisão de retirar as árvores terá sempre volta, se se acabar por constatar que foi um erro. Bastará plantar outras, tal como já antes se fez, em diferentes ocasiões, como facilmente se verifica observando as fotografias que aqui temos publicado. Já quanto ao esventramento da praça, o retorno à situação anterior não será assim tão simples.

Na edição de hoje do Jornal de Notícias, fala-se desta controvérsia, citando nomeadamente o que aqui já foi escrito, onde há uma passagem cuja rectificação se impõe: ao contrário do que dissemos, o abaixo-assinado que os moradores dirigiram à Câmara Municipal em 27 de Fevereiro de 1929, pedindo que as árvores do Toural fossem removidas (por razões estéticas) produziu o resultado esperado e as árvores foram mesmo ceifadas. Em meados de Abril desse ano, já só sobravam duas palmeiras, cujo derrube foi pedido numa nota publicada no Comércio de Guimarães, que aqui se transcreve:


As palmeiras do Toural

Andando a proceder-se ao aformoseamento da Praça D. Afonso Henriques, seria bom que a Câmara mandasse dali retirar as duas palmeiras que, tendo escapado à ceifa que ali se fez ainda há pouco tempo, não ficam, ali, a nosso ver, nada bem.

(in Comércio de Guimarães, n.º 4259, 19.04.1929, pág. 4)

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