A primeira direcção do Vitória (resposta definitiva a um 'historiador' de outiva).

O Twister, em 1922, um cartoon de Miguel Salazar sobre as dúvidas quanto á fundação do Vitória Sport Clube.


Ao que aqui escrevi, respondeu Raul Rocha (RR) com um post no Facebook com o título “Polémica”, de que transcrevo os dois primeiros parágrafos:

Uma publicação digital "Memórias de Araduca" insultou-me a propósito de dez linhas publicadas na minha última colaboração no "Tempo de Jogo" sobre uma pretensão de reescrever a história do Vitória consagrada desde, pelo menos, 1942,primeiras comemorações no seu vigésimo aniversário.

Não vou responder com novo insulto. Nem discutir sobre quem é historiador. Se um licenciado em História e professor do secundário de Historia, sem livros publicados, o é.

Começo por dizer que, da minha parte não haverá polémica nenhuma, porque me ficarei por aqui, até porque o livro de Miguel Salazar (que sim, é um livro que foi pensado, de raiz, como um livro sobre a história do VSC, contada de maneira diferente, e eu não percebo onde é que alguém foi buscar a ideia de que o não é) não merece que se desvie o foco daquilo que é importante. Sabe RR, que me conhece de outros carnavais, mas que agora nem sequer é capaz de me nomear, que muito me divertiria com uma boa polémica, mas desta vez não será o caso, porque a polémica seria pífia e porque, infelizmente, para mim os dias não têm estado para diversões.

Limito-me a registar o seguinte:

  1. Quanto aos factos que apresentei e documentei, em resposta a um texto de RR que colocava em causa o rigor e o profissionalismo (sim, porque investigação histórica é algo que eu faço profissionalmente) do meu trabalho de investigação histórica, nada diz. Estamos esclarecidos, portanto.
  2. RR diz que o insultei, o que me obrigou a reler o meu texto, uma vez que nunca tive tal intenção e não encontro onde esteja o insulto. Apenas leio argumentos discordantes afirmados com frontalidade e pesando todas as palavras que escrevi. Aliás, não vejo nenhuma vantagem, nem necessidade, em insultar RR.
  3. RR diz que não quer “discutir sobre quem é historiador”, nem “se um licenciado em História e professor do secundário de Historia, sem livros publicados, o é”. Eu também não vou discutir, mas depreendo que, se RR não me considera tal, se atribui a si próprio tal condição. Não o será pelas suas habilitações académicas, seguramente, mas, talvez, porque já publicou livros. E eu não, diz ele.
  4. Anda mal informado, RR. Sou professor do Ensino Secundário por opção, porque posso, porque gosto e porque estou habilitado para o ser, com muito orgulho, mas o meu percurso profissional não se limitou a sê-lo. Há, porém, uma atividade que nunca exerci na vida, a de explicador, pelo que não serei eu a explicar-lhe que não percebe nada de metodologia da investigação histórica, algo que aprendi na licenciatura em História e que aprofundei no meu percurso académico posterior.
  5. Afirma RR que sou pessoa “sem livros publicados”, o que me desqualificaria como historiador. Isto é RR a afirmar-se no seu melhor, como o grande especialista em falar daquilo que não sabe e que não faz qualquer esforço para saber. Bastaria uma breve pesquisa, por exemplo aqui, aqui ou aqui, para perceber que sou autor, coautor, organizador, coordenador ou editor de dezenas de livros, além de ter publicado diversos artigos científicos em revistas de História, nacionais e internacionais.

Pela minha parte, está encerrada a “polémica”, a que apenas voltarei se me for mostrado onde estava o insulto naquilo que publiquei ou se forem aduzidos argumentos que desmintam os factos que afirmei e demonstrei documentalmente. E não, não vale a pena dizer que a história é assim porque sempre se ouviu contar assim, porque já não tenho ouvidos para ‘historiadores’ de outiva.

Fui.


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