No dia 17 de Julho de 1938, o Notícias de
Guimarães transcreveu do Jornal de Notícias, do Porto, uma outra publicação sobre o relógio-carrilhão que se ia
instalar na torre da basílica de S. Pedro, que “que confirma em absoluto o
que já disse a Imprensa de Lisboa”, e que aqui se reproduz, como mais um
contributo para a compreensão da relevância patrimonial do engenho mecânico que
dava as horas na torre do Toural e que foi substituído por uma traquitana computorizada
que nem sequer funciona como devia funcionar.
COISAS NOSSAS
A torre da igreja de S. Pedro, em GUIMARÃES vai ter um novo carrilhão, idealizado e montado por um português
Foi no “Palácio Ford”, onde continua exposto
até à próxima segunda-feira, que o “repórter” viu a magnífica realização de
Manuel Francisco Cousinha — o novo carrilhão da torre da igreja de S. Pedro, de
Guimarães.
De acabamento perfeitíssimo, aquele trabalho
divide-se em quatro corpos, destinados, respectivamente, aos quartos de hora,
meias, três quartos e horas.
O maior dos seus sinos — eles são dezasseis —
pesa 800 quilos e o mais pequeno 20.
Ao que parece, o seu construtor, que tem fornecido
relógios para muitas localidades do país, tendo sido condecorado já pelo
Governo, vai convidar o sr. Presidente do Município e outras individualidades a
visitarem o “Palácio Ford”, onde, como acima dizemos, se encontra exposto o seu
notabilíssimo trabalho de relojoaria — o mais completo do país depois do de
Mafra.
Nos primeiros dias da próxima semana,
possivelmente amanhã, o público vimaranense vai ter também ocasião de ver a
famosa máquina, a qual vai ser exposta no estabelecimento dos nossos prezados
amigos srs. Bernardino Jordão, Filhos & C.ª, ao L. Prior do Crato.
Notícias de Guimarães, 17 de Julho de 1938
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