Podia
trabalhar em qualquer lugar do Mundo (e, vendo bem, até é o que faz), mas escolheu
ficar em Portugal, numa aldeia de Guimarães que poucos sabem apontar num mapa.
É o mais destacado dos cientistas portugueses e sabe-o. Um dia, perguntaram-lhe
se era o Mourinho da ciência, e ele não teve dúvidas em responder que sim. E eu
direi que não, porque creio que a pergunta foi feita ao contrário: deviam ter-lhe perguntado
se o Mourinho é o Rui Reis do futebol. Apesar da idade (vai nos 50 redondos) é, apenas, o mais destacado cientista português, o que tem mais
publicações, prémios e distinções internacionais. Ainda há dias, recebeu em
Londres o “Harvey Engineering Research
Award”, um dos mais prestigiados galardões científicos, a nível mundial, na área da
Engenharia, que lhe reconheceu o “notável percurso de investigação e
impressionante recorde de publicações”. Este Março ainda não tinha acabado,
estava em Malabo, na Guiné Equatorial, para receber o Prémio Internacional
UNESCO de Investigação em Ciências da Vida 2017, que destaca a relevância e o
impacto internacional da sua investigação científica. Foi aplaudido por “vários
chefes de Estado, vice-presidentes, primeiros-ministros, director-geral da
UNESCO, mais de 40 embaixadores e delegações nacionais” e… “nenhum representante
oficial de Portugal”. Registou a ausência e, com uma chispa de ironia,
justificou-a. Afinal, “a ciência e o Minho são tão enfadonhos e irrelevantes”…
Fosse a ciência dele aquela que pensa com os pés (e, acredito, ele nem
desdenharia se o fosse), não lhe faltariam naquela hora de consagração
internacional os aplausos das mais altas instâncias nacionais. E, creio bem, lá
estaria o Senhor Presidente da República, o que diz que quando os portugueses
são bons, são os melhores do mundo, a pedir-lhe para tirar um selfie com
ele. Há, manifestamente, um problema com Rui Reis. É que ele teima em não falar
com aquele sotaque que emudece as vogais mudas, tão característico da L’sboa
capital do Império. O problema de Rui Reis é a pronúncia do Norte.
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