Um dos problemas da nêspera é a estreita janela de tempo em que pode ser consumida, o que faz com que se perca uma boa quantidade deste fruto tão antigo e tão especial. No entanto, há maneiras de o conservar, acrescentando-lhe valor. Já vimos como se faz geleia de nêspera, agora veremos como se transformam as nêsperas sorvadas numa conserva de fruta com a consistência e o aspecto da marmelada, embora com um sabor algo diferente.
Os ingleses chamam-lhe medlar cheese mas, ao contrário do verdadeiro queijo, não é feito com leite, mas sim com nêsperas e açúcar, e usam-no como acompanhamento de carnes, de queijos ou, simplesmente, como doce de sobremesa, que acompanha com nozes e vinho do Porto. A receita é relativamente simples (o que dá mais trabalho é separar a polpa da fruta da casca e dos caroços, mas não será canseira de grande monta, se se cozerem primeiro as nêsperas). Aqui fica:
Os ingleses chamam-lhe medlar cheese mas, ao contrário do verdadeiro queijo, não é feito com leite, mas sim com nêsperas e açúcar, e usam-no como acompanhamento de carnes, de queijos ou, simplesmente, como doce de sobremesa, que acompanha com nozes e vinho do Porto. A receita é relativamente simples (o que dá mais trabalho é separar a polpa da fruta da casca e dos caroços, mas não será canseira de grande monta, se se cozerem primeiro as nêsperas). Aqui fica:
Utilizam-se
nêsperas sorvadas, isto é, no ponto em que já podem ser
degustadas. Depois de lavadas em água corrente, colocam-se inteiras
numa panela. Desfazem-se com um esmagador de batatas, junta-se cerca
de 750 ml de água fria, mistura-se bem e deixa-se cozer durante
cerca de 20 minutos, de modo a que a polpa se desprenda por completo
da casca e das sementes. Passa-se o puré que se formou por uma peneira
ou um coador. Pesa-se e adiciona-se metade do peso de açúcar. Neste
ponto, pode-se juntar uma pitada de sal, sumo de um limão, e/ou
pimenta da Jamaica ou all spice (uma mistura de especiarias
com cravinho, canela, noz moscada e gengibre), raspa de casca de
laranja. Leva-se de volta ao lume, para o açúcar se dissolver, mexendo para
evitar que pegue ao fundo. Quando atingir o ponto desejado, verte-se
em formas, ainda quente (aqui, todo o cuidado será pouco, li
algures, e depois arrependi-me de me ter esquecido do que li, que é
como lava derretida…). Deixa-se esfriar, pelo menos uma noite.
Quando estiver em ponto de ser desenformado, embrulha-se em papel
vegetal e deixa-se secar. Ficará com a consistência da nossa
marmelada. Aguenta muito tempo. A fotografia que vai acima foi tirada
hoje e mostra o medlar cheese que preparei há um ano. E o tempo só
o melhorou.
1 Comentários