A NOSSA GENTE É ASSIM é o
título de um soneto que Delfim de Guimarães escreveu em Agosto de 1947,
inspirado por um acontecimento a que chamaram de “milagre de coragem e forte querer”,
com que se escreveu “uma das mais belas páginas da história desta terra”, obra
de um movimento colectivo espontâneo dos vimaranenses que “tudo podem quando
querem”, com que se “construiu em cinco escassos dias, o que anteriormente
gastou sete meses”, a praça de touros da cidade, que tinha sido destruída por um incêndio. Gente de “antes quebrar que
torcer”, a que se refere a insígnia que está inscrita na bandeira de 1886, registo
do conflito brácaro-vimaranense despoletado com os acontecimentos de 25 de
novembro de 1885. É gente assim que retratam as caricaturas e os cartoons de Miguel
Salazar que, este fim-de-semana, estarão expostos no Tribunal da Relação de
Guimarães, e que servirão de mote para quatro conversas sobre a identidade
vimaranense, no âmbito do Guimarães noc noc, uma iniciativa que só podia ser o
que é porque é obra de gente assim.
A exposição pode ser visitada
enquanto durar o Guimarães noc noc. À conversa, falaremos, uns com os outros, sobre o arcebispo de Guimarães (sábado, 15:30), o conflito brácaro-vimaranense (sábado,
21:30), a construção da praça de touros (domingo, 15:30) e a fabulosa história
do Rei do Pegu (domingo, 17:30).
Estamos todos convidados.
Estamos todos convidados.
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