Troço do Atalho da Caldeiroa |
Hoje,
o bairro de Couros está separado da rua Caldeiroa pela muralha de pedra que
sustenta o aterro que suavizou a diferença de cotas entre o actual largo
Bernardo Valentim Moreira de Sá e o Monte Cavalinho, onde está a estação do
caminho-de-ferro, para rasgar a avenida do Comércio, a Avenida Nova, que hoje conhecemos por avenida D. Afonso
Henriques. Nos dias que correm essa separação é ainda mais severa, por força do
encerramento dos portões de ferro que dão acesso ao arco que se rasgou para dar
passagem de Couros para a Caldeiroa. Até ao final do século XIX, essa separação
não existia, persistindo, pelo contrário uma continuidade espacial que nos
permite dizer que o bairro de Couros se prolongava até à Madroa. E lá estão,
ainda, em vários locais, os pelames (tanques de curtimenta) a demonstrá-lo.
A
ligação de Couros à Caldeiroa era assegurada por um caminho estreito, que
seguia pela margem Norte do ribeiro, que ainda hoje existe. Começa nas Molianas
(actual rua da Liberdade), atravessa a rua Caldeiroa, segue pela travessa da
Caldeiroa e vai acabar quase ao chegar ao actual largo do Cidade, no ponto onde
a rua de Couros converge com o rio. Na planta de 1863, o engenheio Almeida
Ribeiro deu-lhe o nome de atalho da Caldeiroa.
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