Pormenor do balcão do largo do Cidade, onde está gravado o poema Rio de Couros, de Carlos Poças Falcão. |
A rua de Couros terminava na margem Norte do rio de Couros. Na
outra margem, do lado do Sul, ficava a rua de Além Rio, no espaço que
actualmente é ocupado pelo largo do Cidade (não confundir, como faz o Google Maps, com largo da Cidade). O Cidade era um capitalista e industrial de curtumes que dava pelo
nome de Cristóvão José Fernandes da Silva. Titular da comenda da Ordem Militar
de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, que lhe foi atribuída em 1879, foi,
entre 1873 até 1882, Ministro da Ordem Terceira de S. Francisco, de que foi
benemérito, tendo financiando a construção do edifício do Hospital da Ordem. A
sua casa destacava-se em todo o arrabalde de Couros (é o edifício actualmente
ocupado pela Pousada da Juventude). Em frente, podemos ver um interessante conjunto de pelames,
lagares e lagaretas utilizados na curtimenta dos couros.
Na recente requalificação do bairro de Couros, foi colocado um
balcão a dar para o rio e para os tanques, onde está gravado o poema Rio de Couros, de Carlos Poças Falcão.
Dali, olhando na direcção do Poente, vê-se o rio desaparecer por baixo do
casario, para reaparecer, logo a seguir, no Atalho da Caldeiroa, também
conhecido por Travessa do Rio de Couros.
No terceiro quartel do século XIX, sua proposta de reordenamento
urbanístico da cidade de Guimarães, o engenheiro Almeida Ribeiro propôs que se
abrisse uma rua de ligação entre a rua de Além-Rio e S. Lázaro, onde termina a
rua de D. João I. Lê-se na respectiva memória descritiva:
torna-se útil a abertura de uma rua que partindo da Rua de Além do Rio vá terminar em S. Lázaro seguindo a direcção geral das actuais vielas da Caldeiroa e das Freiras. A execução desta rua, que tracei na planta geral, demanda a demolição de uma parte do bairro de Trás-Gaia.
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