Monumento a D. Afonso Henriques, no Toural, na década de 1920. Na base do pedestal de mármore (original), a placa comemorativa de 1911. |
Em
Maio de 1940, a estátua de D. Afonso Henriques, que se encontrava no Toural
desde 1911, foi apeada e conduzida para o parque do Castelo, onde seria erigida
no local onde ainda hoje se encontra. Foi então colocado no actual pedestal
lavrado em granito fino. Até hoje, não consegui saber que destino levou o
pedestal original, lavrado em mármore branco, criado por Soares dos Reis como
parte integrante do monumento a Afonso Henriques.
Mas não é o pedestal o único
elemento em falta junto do monumento. Nas Gualterianas de 1911, quando a
Guimarães da Primeira República assinalou o sétimo centenário do nascimento do
primeiro rei, foi colocada na base do monumento uma placa comemorativa com os
seguintes dizeres:
Guimarães a D. Afonso Henriques
no VIII centenário do seu
nascimento
VI – VIII – MCMXI
Ao descerrar aquela lápide, pretendia-se
“perpetuar esta homenagem prestada ao fundador da nacionalidade portuguesa”. No
entanto, a memória da homenagem dos homens e das mulheres de Guimarães de 1911
não se perpetuaria. Estas, como outras placas comemorativas que, em tempos,
estiveram junto do monumento a Afonso Henriques, foram arrumadas, talvez para
evitar algum ruído na estética do local, talvez para abrir espaço para a
memória de outras homenagens, mais contemporâneas.
Aqui fica, novamente, uma pergunta que já colocquei várias vezes: onde pára o pedestal? Será que está feito em soleiras de portas?
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