O Padrão da Oliveira
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A litografia aguarelada que vai
acima foi retirada da obra Scenery of
Portugal & Spain, de George Vivian, publicada na Inglaterra em 1839. É
uma das duas obras referentes a Guimarães que foram dadas à estampa naquele
álbum. Aparece com o número III e a seguinte descrição:
Vinheta. A cruz de Guimarães, na província de Entre Minho e Douro, situa-se
na praça em frente à catedral, e é notável pela sua semelhança com as cruzes
góticas primitivas da Inglaterra.
Como já aqui vimos há muito, esta
litografia foi publicada invertida, e assim foi republicada noutras obras que a
reproduziram. Sobre este assunto, sugiro a leitura da nossa nota A
Praça da Oliveira: um problema de perspectiva. Colocada na posição
correcta, resolvem-se alguns dos mistérios que a versão invertida levantava,
embora fique por perceber onde foi o artista buscar aquelas duas portas
rasgadas em arco conopial inseridas na base da torre da Colegiada.
A mesma litografia, agora colocada na posição correcta. |
A gravura retrata o Padrão da Oliveira ou de Nossa Senhora
da Vitória, por celebrar a vitória na Batalha de Aljubarrota (e não, como já
abundantemente demonstrou Fernando Teixeira, no seu estudo sobre O Padrão e a Oliveira, publicado em 2007,
a Batalha do Salado, como ainda se teima em veicular, até em espaços de
organismos oficiais, onde se lhe continua a chamar Padrão
Comemorativo da Batalha do Salado).
O pormenor mais interessante
desta gravura é o do altar de Nossa Senhora da Vitória que estava na parte
superior do padrão, fixado no interior do arco mais próximo da igreja da
Colegiada. A imagem mostra que era iluminado por dois candeeiros, que o
ladeavam.
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