Ao mesmo Talaia, quando perdeu a cabeleira toureando na praça do
Salitre.
Deixa falar o mundo, a qualquer
vaia
Não respondas, que o herói somente briga;
Pouco importa que o mundo te persiga,
Que tu sempre hás-de ser Doutor Talaia:
Dirão que és um toureiro doutra
laia,
Que não entras na praça à moda
antiga,
E que fingindo dores de barriga
Levas de bruços pernas à facaia:
Digam o que quiserem; que o
desdouro
Com eles ficará; leve-os a breca,
Que tu lhe hás-de quebrar bem
cedo o agouro:
Mas todos riram bem (foi forte
seca!)
Quando te ergueste, livre já do
touro,
À vista das madamas em careca!
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