Ao Soneto que
fez João Xavier de Matos, aos anos do Conde Pombeiro, que principia:
O roxo Baco, que espremendo
andava,
Soneto
Mais que nunca, por sóbrio, por discreto
Campaste meu João, que o Mês passado,
Algum Deus do Barreiro viste ao lado,
Fosse qual fosse, eu nisso não me meto:
O que sei é que vi um teu soneto
Feito entre Musas, onde tinha andado,
Vinho a três tornos, tudo alvoroçado,
Baco a tombos, Cupido num terceto:
Que morres feito um Cisne, é sem demora
Pois pegando a beber toda a Assembleia,
Começaste a cantar com voz canora:
Isso não é Poesia, é jacobeia;
Quem faz anos, que os faça muito embora,
Bebe tu, não te importe a vida alheia.
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