25 de Abril de 1842
Por decreto de D. Maria II é dado à Câmara o
Convento dos religiosos de S. Domingos para que nele se estabelecesse o
tribunal judicial.
(João Lopes de Faria, Efemérides Vimaranenses, manuscrito da
Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento, vol. II, p.
67)
Construído no final
do século XIV, o convento de S. Domingos de Guimarães funcionou até ao final de
Maio de 1834, data em que, na sequência da extinção das ordens religiosas, os
frades de S. Domingos foram intimados a entregar as chaves ao Corregedor da
Comarca. Nas décadas seguintes, iria discutir-se qual o destino a dar ao
edifício.
Logo em 1836, a Misericórdia
de Guimarães foi autorizada a comprar o convento para instalação do seu o seu
hospital, mas a transacção não se realizaria. No final da década, 1839, serviu
para quartel dos oficiais do regimento de Infantaria 18, que estavam instalados
no Convento de Santo António dos Capuchos.
Em 1840, a Câmara pediu
o convento e a sua cerca ao Estado, para a instalação de repartições públicas e
construção do Paço Municipal. No dia 25 de Abril de 1842, um decreto de D. Maria
II concedia S. Domingos ao município para nele se instalar do Tribunal
Judicial. Nos ano que se seguiram, à medida que o edifício se ia arruinando,
serviu para a instalação da estação do telégrafo (1861) e para biblioteca
pública (1869). Finalmente, em 1888, passou para a posse, em definitivo, da Sociedade Martins Sarmento,
para nele instalar a sua sede, a sua escola, o seu museu e a sua biblioteca
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