Escritores vimaranenses (42): D. João da Madre de Deus Araújo



D. JOÃO DA MADRE DE DEUS (3.°), Cónego regrante de Santo Agostinho, residente ao tempo da supressão das Ordens religiosas no mosteiro de S. Vicente de Fora de Lisboa. — Ignoro a sua naturalidade, e mais circunstâncias, sabendo apenas que era ainda vivo em 1840. — E.
O fervoroso escravo de Jesus Sacramentado. Lisboa, na Imp. Regia 1819. 8.°— Vi terceira edição, ibi, 1833. 8.°
A Verdade praticada, etc. Lisboa, na Imp. Regia 1817. — Só se tiraram desta edição 124 exemplares.
Devoção especial do Sanctissimo Sacramento da Eucharistia. Lisboa.... — Consta-me que fora reimpressa até quatro vezes; porém não tenho tido à mão exemplar, do qual pudesse tirar as indicações necessárias.
Terço ao Sanctissimo Sacramento, ibi, .... 12.º.
O Amigo da religião e do rei. Lisboa, Imp. Régia 1827. 3 folhas.
Anno Catholico. Ibi, na mesma Imp. 1830. 8.° de 534 pág.
Compêndio da vida admirável de Sancto António. Ibi, rta mesma Ipjp. 1831. 8.º de 52 pág.
Encantos da solida virtude. Ibi, na mesma Imp, 1837. Opúsculo de cinco e meias folhas de impressão, do qual se tiraram duzentos exemplares. Todas, ou a maior parte destas obras saíram simplesmente com as iniciais D. J. M. D. C. R. do nome do autor, e creio que também com as mesmas publicou-as que se seguem.
O Defensor da Religião em disputas com os incrédulos. Lisboa, 183... 4.º.
Cathecismo Catholico. Ibi, 183...
Homílias para todas as domingas e festividades principaes do anno. Primeira parte. Ibi, 1840 4.°
E com as iniciais D. J. M. D. A. C. R. deu à luz a seguinte:
Memória sobre a existência do real mosteiro de Sancta Cruz de Coimbra, supprimido por um decreto no anno de 1834. Dedicada á sereníssima senhora- D. Isabel Maria, infanta de Portugal. Lisboa, na Imp. de Cândido António da Silva Carvalho 1839. 8.º gr. de 58 pág. — Este opúsculo vem pelo sr. Figaniere na Bibliographia Histórica, n.° 1542, mencionado entre os anónimos, bem como o Compêndio da vida admirável de Sancto António, em o n.° 1619, do qual aponta outra edição de 1824, que não vi.
Dicionário Bibliográfico Português, de Inocêncio Francisco da Silva, continuado e ampliado por Pedro V. de Brito Aranha, Tomo III, Imprensa Nacional, p. 403
D. JOÃO DA MADRE DE DEUS (3.°) ou D. JOÃO DA MADRE DE DEUS ARAÚJO (v. Dicc, tomo III, pág. 403). Foi cónego regrante de Santo Agostinho, cuja murça vestiu aos dezoito anos de idade. Foi natural da vila, hoje cidade de Guimarães; e na ordem exerceu os cargos de vigário no mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, visitador dos congregados, substituto do dom prior geral, e prior prelado do mosteiro de Refoios do Lima; depois, vigário capitular do bispado de Elvas. — Morreu em Lisboa a 19 de Fevereiro de 1843, com oitenta e três anos de idade; e no Portugal velho, n.° 568, de 7 de abril do mesmo ano, se publicou a seu respeito um artigo necrológico.
O Compêndio da vida de Santo  António (n.° 965), é o mesmo que já fora descrito anónimo no tomo II, n.° C, 373, e outra vez mencionado no tomo VIII, n.° A, 2:609. O exemplar da 1.ª edição tem o título conforme aos dois que ficam indicados, e saiu em Lisboa na imp. da Viúva Neves & Filhos, 1824. 8.º de 32 pág. com uma gravura de Santo António. Das edições de 1824 a 1833 deu o sr. Figanière notícia na sua Bibliographia histórica, a pag. 309, sob n.° 1.619. Parece haver engano quanto à data 1831, que está no tomo III, pois deverá ser 1833; bem como a numeração das pág., que não deverá ser de 52, mas 32, conforme tem a 1.ª edição de 1824.
Segundo informou o sr. dr. Rodrigues de Gusmão, as obras designadas sob os n.os 967, 968 e 969 não pertencem a este escritor, mas são todas de D. José da Assunção, missionário do Varatojo, e bispo de Lamego.
Acresce:
O amigo da religião e do rei, ou o amigo do altar e do throno, para formar a boa educação da mocidade portuguesa. Dedicada a sua magestade fidelissima a sr.a D. Carlota Joaquina. Lisboa, na imp. Regia, 1827. 12.º gr. de 62 pág.
Dicionário Bibliográfico Português, de Inocêncio Francisco da Silva, continuado e ampliado por Pedro V. de Brito Aranha, Tomo X, Imprensa Nacional, pp. 298-299

Comentar

0 Comentários