José Leite de Vasconcelos, escultura de Raul Xavier, da colecção da Sociedade Martins Sarmento |
Da Linguagem Popular de Guimarães, segundo José leite de Vasconcelos:
rexio, Assim se lê num ms. do século XVII. Significa: terreno junto à
casa, para servidão, isto é, ressio.
S.
Nunca: «dia de S.
Nunca à tarde», isto é, nunca (tendo sido graciosamente santificado o
advérbio). Acrescentou-se à tarde, para arredondamento da frase, como em: toda a vida e mais seis meses.
saraméla
e seraméla, salamandra.
sol-cris.
Ouvi em S.
João de Airão, e é forma muito corrente no Minho, onde também se ouve luacris. Expressões resumidas de sol d'ecris e lua d’ecris, com ecris, forma popular de eclipse.
tamoeiro, correia que ata o cabeçalho ao jugo (dos bois).
terçolho,
terçol. Por
influência de olho
(etimologia
popular).
trafogueiro,
pedra sobre o
lar para se encostar a lenha que tem de se queimar. De (de trás da fogueira, com mudança de género).
tuna: “ir à tuna”, andar em desregramentos nocturnos.
uveira,
árvore
(carvalho, choupo, etc.) em que se
enrosca uma vide. Todos os campos nos arredores de Guimarães são cercados de uveiras, o que dá à vista lindo aspecto.
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