Em 1911, as danças foram escritas por Sousa Macário, com o sugestivo título No país da orgia. Tiveram lugar na noite do dia 6 de Dezembro. Segundo o Imparcial, não obstante a luz eléctrica se portar malcriadamente para com os graciosos mancebos, centenares de pessoas corriam à compita às casas beneficiadas a implorar licença de entrar, para de um cantinho contemplarem e ouvirem as brejeirices dos simpáticos moços e moças os últimos arrancos das suas festas.
1912 foi ano em que as festas estiveram para não acontecer. A Academia Vimaranense, reunida em assembleia, decidiu, por maioria, não fazer as festas e apenas realizar um espectáculo de gala para assinalar o 1.º de Dezembro, com receita a reverter para a Caixa Filantrópica dos estudantes. Mas houve mesmo festas, pois acabaram por ser organizadas pelos estudantes “aposentados”. O texto das danças repetiu o de 1901, da autoria de Bráulio Caldas. A dissensão entre velhos e novos, que já tinha tido episódios anteriores, tendia a agudizar-se.
Já em 1913, não há notícia nem das festas, nem das danças. Ressurgiriam em 1914, mas com as danças excluídas do programa. Em 1915 não terá sido diferente. Em 1916 houve festas, mas os sinais de decadência eram demasiado evidentes. Houve velhos que apresentaram um arremedo de danças, mas, segundo as notícias, sem suscitarem grande entusiasmo. Não há notícias de danças no ano de 1917.
Em 1918. Anunciava-se (mais uma vez...):
Morreu S. Nicolau.
Vitimou-o a pneumónica!
Vitimou-o a pneumónica!
Naquele ano, não houve festa, nem danças.
As festas Nicolinas seriam retomadas em 1919. As danças (com o título A noiva rejeitada) foram novamente escritas por A. L. de Carvalho. Exibiram-se, antes de saírem para as ruas, no Teatro D. Afonso Henriques.
As festas Nicolinas seriam retomadas em 1919. As danças (com o título A noiva rejeitada) foram novamente escritas por A. L. de Carvalho. Exibiram-se, antes de saírem para as ruas, no Teatro D. Afonso Henriques.
Em 1920, os velhos assinalaram as bodas de prata do ressurgimento das festas em 1895. No dia 8 de Dezembro, realizaram uma récita de gala no D. Afonso Henriques. Houve festas e danças, muito adequadamente dedicadas à Liga das Nações.
Em 1921, as danças aconteceram no Teatro D. Afonso Henriques. Tinham por título Matinas de amor. Em 1923, voltaram a percorrer as ruas, depois de duas exibições no Teatro. A exibição foi sobre a Grande Exposição Nacional das Fábricas de Ciências, letras e tretas na pátria dos... lusios. Escreveu-se então, a seu propósito, no jornal A Razão:
Após o cortejo das maçãs, realizaram-se as tradicionais Danças Nicolinas, que, como nos primeiros anos das festas, percorreram as ruas da cidade. No Teatro foram exibidas duas vezes, sendo muito ovacionados o seu autor, Padre Gaspar Roriz, o ensaiador Jerónimo Sampaio e José de Pina, a quem Jerónimo Sampaio teceu elogios merecidos, lembrando a sua mocidade, o sou culto pelos estudantes-velhos e o seu talento.
Após o cortejo das maçãs, realizaram-se as tradicionais Danças Nicolinas, que, como nos primeiros anos das festas, percorreram as ruas da cidade. No Teatro foram exibidas duas vezes, sendo muito ovacionados o seu autor, Padre Gaspar Roriz, o ensaiador Jerónimo Sampaio e José de Pina, a quem Jerónimo Sampaio teceu elogios merecidos, lembrando a sua mocidade, o sou culto pelos estudantes-velhos e o seu talento.
Em 1924, as Nicolinas estiveram para não acontecer, em manifestação de luto pela morte de Sacadura Cabral. Acabaram por se realizar. As danças tiveram letra do inspirado poeta Tenente Heitor de Almeida, e música do regente da Banda do 20, Tenente Dantas.
No ano seguinte, as danças voltaram a ter a autoria de Heitor de Almeida. Segundo a imprensa, terão sido de grande efeito e delineadas pelo molde antigo.
[Continua]
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