Para onde o caminho aponta



Reuniu hoje o Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães. Quem ali chegou de novo (e vários são os agora que tomaram assento pela primeira vez neste pequena assembleia) dificilmente perceberá o que mudou entre Março e Outubro de 2011. Foi como da noite para o dia. Dia claro, este, em que o ar se respira com uma normalidade serena e saudável. Olhando em volta, percebe-se facilmente que se atiraram dois anos pela janela fora e que agora o tempo é escasso e a conjuntura difícil. Mas é o que temos, já sem margem para o erro. É manifesto que se corre contra o relógio e que a velocidade de cruzeiro em que se entrou nestes últimos meses arrisca abeirar os limites de segurança. Não há margem para olhar para trás: repisar equívocos e enganos passados é um inútil desperdício de tempo e de energias. Como alguém disse hoje, a CEC2012 tem uma boa narrativa, mas escasseia-lhe o tempo para a contar. Todos somos chamados para lhe dar corpo. Temos uma Capital Europeia da Cultura para construir. Compete-nos contribuir para a insuflar com o entusiasmo, a generosidade e a paixão de que as gentes de Guimarães são pródigas. Não podemos perder este desafio.


[Entretanto, salta aos olhos que Guimarães vai (re)aparecendo, com constância e consistência, nas páginas de órgãos de informação com relevância mundial. O New York Times, depois de colocar Guimarães na lista dos sítios a visitar em 2011, noticiou que as artes lançam raízes na “cidade berço”. A revista Lonely Planet seguiu-lhe agora os passos, e incluiu Guimarães nos principais destinos para 2012. Quase em simultâneo, a revista Wallpaper apresenta Guimarães como uma das 20 razões para estar em Portugal. Guimarães anda nas bocas do mundo, do lado feliz das notícias. É aí que queremos estar.]

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