O Jardim do Carmo (1)


Terreiro junto ao Convento do Carmo, no ano de 1862. Gravura publicada no "Archivo Pittoresco", 5.º ano (1862), pág. 57.
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O Terreiro do Carmo era ladeado pela rua da Infesta, que passava em frente ao Convento, prolongando a rua de Santa Maria, e pela rua do Poço, que dava continuidade à rua do Gado (actual ruas das Trinas). Ambas se uniam na rua da Porta de Santo António, que dava passagem para a Vila Velha de Guimarães, próximo do Paço dos Duques.

Até à segunda metade do século XIX teve uma configuração muito diferente daquela que hoje lhe conhecemos.

No seu plano de melhoramentos (1863-1867), o Eng. Almeida Ribeiro descreveu o espaço do terreiro do Carmo como um dos que “oferecem mais dificuldades de melhoramento em toda a cidade de Guimarães. As ruas são estreitas, turtuosíssimas, e estão nelas edificadas algumas casas que é força respeitar. Além disto os níveis de algumas das ruas e terreiros apresentam um outro obstáculo a um bom melhoramento”.

Em meados de 1869, a Comissão de Melhoramentos propôs a regularização do terreiro, com a eliminação de todas as construções que se erguiam entre a rua do Poço e a rua da Infesta. Para o efeito, Francisco Martins Sarmento cederia duas casas que possuía ali. As expropriações e demolições de casas decorreriam quase até ao fim do século XIX. Em 1890, o tanque do Carmo foi mudado para a rua de Santo António (é o mesmo que hoje se encontra no Largo Dr. João Mota Prego,nas traseiras do edifício dos correios). No seu lugar, foi colocado o Chafariz do Toural. O Passo que estava no meio do terreiro, foi deslocado, encostando-se ao Convento (onde hoje se encontra). 

Desaparecido o terreiro, nascia o Jardim do Carmo.

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