Vista geral de Guimarães no início do século XX.
Este é um filme com um argumento complexo, composto por um mosaico de histórias paralelas, algumas delas obscuras, com uma pitada de comédia e doses generosas do mais absurdo nonsense. O enredo é marcado pelo protagonismo dos estatutos, elemento central de um mistério que paira sobre o desenvolvimento da narrativa, funcionando permanentemente como elemento perturbador de qualquer desenlace que se possa adivinhar. Dentro do mistério, um enigma indecifrável: como é que, sendo o que são, passaram pelo crivo dos juristas da Câmara Municipal de Guimarães, do Ministério da Cultura, do Conselho de Ministros e da própria Presidência da República?
Vamos lendo notícias acerca de um conflito entre o Presidente da Câmara Municipal de Guimarães e a Presidente da Fundação Cidade de Guimarães. É visível que existe. Mas há um conflito maior, mais profundo e insanável, que está aberto entre o Conselho de Administração da FCG e a realidade. Há muito que é claro que a Presidente da FCG perdeu a confiança da generalidade dos vimaranenses. A retirada de confiança por parte do Presidente da Câmara é o corolário natural, se bem que tardio, de um processo de decomposição que vai ameaçando seriamente o sucesso da CEC. Agora, todos percebem que a actual presidente da FCG já não tem quaisquer condições, nem réstia de legitimidade, para continuar em exercício. Quem agora lhe retirou a confiança foi quem lha havia dado. O que se espera é um gesto de dignidade na hora da saída de cena, que é inevitável. A cada hora que passa, a situação vai-se tornando mais insustentável e vai ganhando terreno a indicação de que o CA resiste, não pela sugestão de que ainda tenha condições para cumprir o mandato que lhe foi entregue, mas por algo bem mais rasteiro, o apego aos salários desmedidos que os seus membros auferem ou a expectativa de obtenção de indemnizações milionárias. Não quero crer que seja o vil metal a principal matéria que sustenta o argumento deste filme.
Entretanto, convencidos de que estas serão as cenas finais, aguardamos ansiosamente pelos fotogramas onde aparecerá a palavra fim. Fazemos votos para que esta história, já que não foi de proveito, sirva de exemplo. E que, afastando calculismos que podem ter justificado alguns silêncios incompreensíveis, se encontre agora uma solução transparente, consensual e mobilizadora, para fazermos de 2012 um momento de que Guimarães se orgulhe. É muito tarde, mas ainda conseguiremos ir a tempo.
4 Comentários
Aqui vai contacto de Jorge Sampaio.
É fazer os links necessários de forma a dar conta do nosso descontentamento.
Pressinto que a CAzevedo amanhã vai faltar à reunião e mais uma vez abortar a saída inevitável. Manobra para ganhar tempo.
Estará com a advogadagem que lhe fez os estatutos, a tratar da mega indeminização que vai levar daqui.
Para ela e para as amigas das lambidelas aos selos, envelopes e botas .
Portanto, amanhã vai aparecer um atestado médico, do foro psiquiátrico, a justificar a ausência na reunião do C. Geral. E mais, preparem-se que este mesmo médico, amigo é claro, vai sugerir uma indeminização suplementar por danos morais.
Com gente desta natureza espera-se tudo.
Aguardemos com serenidade.
Contactos gabinete de Jorge Sampaio
Telefone: (+ 351) 213 931 440
Fax: (+ 351) 213 965 079
Morada – Tapada das Necessidades - 1350-213 Lisboa
Correio electrónico: geral@casadoregalo.pt
Informações gerais:
Webmaster:
Digo - indemnização
não brinquemos.
este contacto qualquer miúdo de 6 anos o encontra.
Eu gostava de saber o e-mail do Sr. Jorge Sampaio, do domínio @guimaraes2012.pt
no que respeita à CA e à reunião, inquieta-me mais a possibilidade de a Sra. comparecer e sair de lá com poderes reforçados. Aí só resta uma caminho ao nosso alcaide. Demissão... A todos nós, resignação...