"Sou de uma pátria pequenina e sólida chamada Guimarães"

Joaquim Novais Teixeira 
No Outono de 1956, depois de décadas de interdição de regressar à sua terra natal, Joaquim Novais Teixeira voltou a Guimarães. Os seus amigos fizeram-lhe uma homenagem num jantar, no Restaurante Jordão. O homenageado agradeceu num discurso onde realçou a sua condição de vimaranense, antes de tudo o mais. Aqui fica um excerto das palavras que proferiu, que ficamos a dever ao meu amigo Paulo Cunha: 

Guimarães tem sido sempre também uma das constantes da minha vida. Em toda a parte me dou a conhecer como homem de Guimarães E, em toda a parte, me conhecem como tal. 

Quando alguém me pergunta se sou português, é do meu hábito – e da minha verdade – responder:

‘Não, não sou português, sou mais do que isso, sou de Guimarães! Com efeito, sou de uma pátria pequenina e sólida chamada Guimarães, que tem por limite Vizela e Caneiros, a Penha e a Pisca. O resto, meus velhos amigos, é a fronteira de um outro mundo’. 

No amor pelos homens, e na defesa dos seus direitos e dignidade, não reconheço fronteiras. Mas a minha Pátria, a Pátria que me fez vibrar, a minha Pátria autêntica e forte é a Pátria da minha infância, é Guimarães!

Notícias de Guimarães, 7 de Outubro de 1956

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