Um largo com muitos nomes e nenhum (1)

  
 O Largo D. Afonso Henriques, numa fotografia da primeira década do séc. XX. Note-se que a Torre da Alfândega (de que falaremos um dia destes, com mais vagar) estava encoberta com publicidade à empresa Neves e C.ª, da rua de Gil Vicente, colocada em Abril de 1906.
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 Outra perspectiva do mesmo Largo, da mesma época.
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 Largo D. Afonso Henriques, antes da mudança do monumento. Note-se que as "Escadinhas" tinham então uma configuração diferente da actual.
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A toponímia vimaranense tem tido inúmeras mudanças ao longo do tempo. Disso é claro exemplo o espaço a que se refere as fotografias que vão acima, onde outrora foram o Terreiro de S. Francisco e o Largo de S. Sebastião. Em 1887, com a inauguração da estátua afonsina, foi rebaptizado como Largo D. Afonso Henriques. Com a saída do monumento ao rei Fundador, em 1911, passou a designar-se Passeio da Independência. Em 1918, deram-lhe o nome de Largo Sidónio Pais. Caído o sidonismo, passou a designar-se por Largo Prior do Crato. Quando chegava o Estado Novo, passou a assinalar a instauração da Ditadura Militar, com a designação de Largo 28 de Maio. Depois da revolução de 1974, não foi necessária muita imaginação para lhe atribuir o nome de Largo 25 de Abril, que continua a ser hoje a sua designação toponímica. Para o comum da gente, aquele espaço faz parte do Toural.

Era por ali que, no passado, ficavam a igreja de S. Sebastião (demolida em finais do século XIX) e a antiga Alfândega de Guimarães, na zona fronteira à torre que lhe adoptou o nome, onde hoje se encontra o dístico “Aqui Nasceu Portugal”.

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2 Comentários

Paulo Pinto disse…
Não fora estar com atenção à legenda, diria que a 1ª fotografia parece o Toural....apesar da Igreja estar muito deslocada.
E não andas longe da razão. Para mim, aquilo faz parte do Toural.