Ao mesmo jarreta do Diabo, encaixotado no Pombal, com dinheiro em barda
Sim senhores, tem feito maravilhas, Vai purgando o Marquês o seu pecado; E na apreensão do vulgo amaldiçoado Todos estes trovões são cascarrilhas:
Tiraram os Mendonças co'os Mansilhas, Este da feitoria, o outro do prado; Nem o estrondoso herói já tem ao lado Mais que a pobre mulher, e uma das filhas:
A santa imagem de pavor profundo Três vezes foi borrada, insulto aquele Que a história nunca deu a ler segundo:
Mas eu trocara co'o Marquês a pele, Pois quanto dinheirinho há neste mundo Todo jaz no Pombal nas garras dele.
Assim como Araduca, a cidade mítica que dizem que terá existido no local onde Guimarães depois se implantou, também a história de Guimarães se confunde, não raras vezes, com lendas e tradições que a historiografia nem sempre confirma.
Este blogue é um espaço de opinião e divulgação dedicado à história, à cultura, ao modo de ser e às tradições de Guimarães e dos vimaranenses. De vez em quando, também é um lugar de causas. As opiniões aqui expressas apenas reflectem e comprometem o pensamento do autor, António Amaro das Neves.
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