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A 29 de Junho de 1109, morreu Afonso VI, rei de Leão, pai de D. Teresa e sogro de D. Henrique. Aquando do óbito e das exéquias que se lhe seguiram, não estiveram presentes D. Henrique, que tinha ido responder a uma insurreição muçulmana no limites a Sul dos seus domínios, com particular incidência em Sintra, nem D. Teresa, que, segundo Almeida Fernandes, “não possuía já as condições fisiológicas de poder assistir aos últimos momentos do pai e, menos ainda, às suas exéquias” (p. 57). Em que se baseou Almeida Fernandes para avançar com a justificação da ausência de D. Teresa em Toledo à hora da morte de seu pai? Em nada, rigorosamente nada, uma vez que não existe, na documentação medieval, qualquer referência aos motivos de tal ausência. Em nada, a não ser na sua convicção de que a rainha terá dado à luz no início de Agosto daquele ano, pelo que, em finais de Junho, estaria com a gravidez quase a termo e, em consequência, impedida de se aventurar em grandes viagens.
A 29 de Junho de 1109, morreu Afonso VI, rei de Leão, pai de D. Teresa e sogro de D. Henrique. Aquando do óbito e das exéquias que se lhe seguiram, não estiveram presentes D. Henrique, que tinha ido responder a uma insurreição muçulmana no limites a Sul dos seus domínios, com particular incidência em Sintra, nem D. Teresa, que, segundo Almeida Fernandes, “não possuía já as condições fisiológicas de poder assistir aos últimos momentos do pai e, menos ainda, às suas exéquias” (p. 57). Em que se baseou Almeida Fernandes para avançar com a justificação da ausência de D. Teresa em Toledo à hora da morte de seu pai? Em nada, rigorosamente nada, uma vez que não existe, na documentação medieval, qualquer referência aos motivos de tal ausência. Em nada, a não ser na sua convicção de que a rainha terá dado à luz no início de Agosto daquele ano, pelo que, em finais de Junho, estaria com a gravidez quase a termo e, em consequência, impedida de se aventurar em grandes viagens.
D. Henrique estaria em Toledo perto da data da morte do sogro, até que terá recebido notícia do levantamento islâmico então em curso nos limites meridionais dos seus domínios. Regressado ao seu território, para organizar a resposta, dirigiu-se para Sintra. Segundo Almeida Fernandes, terá então passado “por Viseu, onde a esposa assistia, aí tendo prometido o foral à vizinha Zurara (Mangualde)”. Onde foi Almeida Fernandes buscar as referências à passagem do Conde por Viseu e à promessa de foral a Mangualde? A lado nenhum, a não ser às suas próprias convicções, já que não existem, na documentação da época conhecida, quaisquer alusões a tal passagem por Viseu, nem à presença de Teresa naquela cidade por aqueles dias, nem à suposta promessa de foral.
A 25 de Julho de 1109, o Conde D. Henrique, regressado da campanha militar na região de Sintra, presidiu na Catedral de Coimbra à outorga da doação do Mosteiro de Lorvão à Sé conimbricense. Afirma Almeida Fernandes que D. Teresa não esteve presente no acto. E explica porquê: “D. Teresa, de Junho para Agosto de 1109, já não podia sair de Viseu”. Em que se baseia para chegar a tal conclusão? Mais uma vez, não sabemos.
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