A Estátua de D. Afonso Henriques (2)

O desafio, vindo do Brasil, para que se erguesse em Guimarães um monumento a D. Afonso Henriques, encontrou resposta de ambos os lados do Atlântico, dando origem a uma bola de neve que, em finais de 1882, parecia imparável.
Monumento a D. Afonso Henriques


Houve no dia 29 de Outubro uma importante reunião no Rio de Janeiro, para se acordar nos meios de levar; a efeito a grandiosa ideia de erigir, nesta cidade, uma estátua ao imortal fundador da monarquia portuguesa, D. Afonso Henriques.

A reunião foi muito concorrida, tomando parte nela os mais importantes membros da colónia portuguesa daquela cidade, além de bastantes cidadãos brasileiros de muita representação.

A notícia, que desta reunião dá o nosso estimável colega do “Cruzeiro”, vai transcrita noutro lugar desta folha, e por ela se vê com que fervido entusiasmo foi abraçada a grandiosa ideia.

Pareço que também se vão formar comissões para o mesmo fim nas outras cidades importantes do grande império, e tudo indica que sertã farta ali a colheita de meios para que o monumento ao nosso primeiro monarca seja em tudo digno e grandioso.

- Também nesta cidade, a convite da Câmara Municipal, há-de haver amanhã uma grande reunião, para se continuar a tratar deste importante assunto, em cuja realização estão empenhados o brio e a honra nacional, por ser o pagamento de uma dívida sagrada.

Ao nosso amigo, o snr. João Dias de Castro, feliz iniciador deste grande movimento, damos os parabéns por ver coroados de tão prometedores auspícios os seus esforços e trabalhos.

Religião e Pátria, 32.ª série, n.º 44, Guimarães, 22 de Novembro de 1882

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