Outros nomes diz a Corografia ter Guimarães, a saber Leobriga e Columbina, mas deixada toda esta variedade com que os autores antigos e modernos se cansam sobre o nome de Guimarães assentamos que Guimarães desde o seu princípio conservara este nome.
Assim se exprime o corregedor de Guimarães Francisco Xavier de Serra Craesbeck no seu volume Memórias Ressuscitadas de Entre-Douro-e-Minho, que se conserva na Biblioteca Nacional de Lisboa. Damos em nota este extracto apesar da sua extensão, porque é inédito e porque patenteia bem o nenhum valor de tradições geralmente aceites mas que não tem um argumento sério em seu favor. Para o caso da cidade «Latita», oppidum latitum, por exemplo, o argumento é um erro de leitura de documentos pertencente ao Livro de Mumadona, o qual diz ad radicem alpe latito e não ad radicem oppido latito. Os outros não valem mais, como a simples leitura o mostra.
João de Meira, O Claustro da Colegiada de Guimarães. Revista de Guimarães n.º 22, 1905, p. 39-56.
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