O segundo nome de Guimarães nos declara Juliano Arcipreste de Toledo na vida de S. Leôncio, 15.º arcebispo de Braga, dizendo ser Apolónia (nome próprio de cidade dedicada a Apolo e por sua veneração assim intitulada); as palavras de Juliano transcreveu D. Rodrigo da Cunha: Sanctus Leontius Bracharensis Pontifex rediens ex concilo moritur Guimaranii in Gallecia quae tunc discebatur Appolonia, 19 martii anno 326. O mesmo diz no Catálogo dos prelados de Braga no fim da sua primazia: in Oppido Guimarani, Vulgo Guimarães, sendo que Jorge Cardoso no seu Hagiológio trasladando esta última autoridade lhe muda o G. em V, dizendo in Oppido Vimaranio, vulgo Guimarães.
Foi este concílio o Niceno e suposto que os bárbaros africanos devastassem estes povos e confundissem o lugar do seu sepulcro na Igreja de S. Miguel (primitiva do arcebispado e que ocupa o primeiro lugar no sínodo e no censual das Igrejas) se viram muitos sepulcros levantados de pedra com cruzes episcopais nas pedras superiores que provavelmente seria algum deles o deste santo Pontífice.
João de Meira, O Claustro da Colegiada de Guimarães. Revista de Guimarães n.º 22, 1905, p. 39-56.
[continua]
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