Era filho de João Rebelo Leite e D. Isabel Peixoto de Azevedo, tendo nascido aqui a 2 de Maio de 1622.
Seguindo a vida eclesiástica, aplicou-se desde criança até à velhice no estudo incessante da história sagrada e profana, não lhe merecendo menos atenções e cuidados a genealogia, em que se tornara eminente, como gloriosamente o provam os 35 volumes de folha que deixou escritos 22 dos quais em 1845 estavam em poder de um seu parente, Manuel Peixoto de Guimarães Freitas e Miranda.
Teve a honra de ser o primeiro monógrafo de Guimarães, deixando escritas as "Memórias ressuscitadas da antiga Guimarães", que só viam a luz da publicidade em 1845, editadas no Porto, na tipografia da Revista, 140 anos depois da morte do autor.
os 22 volumes, que ficaram inéditos ocupavam-se das biografias de diversos reis de Portugal e Castela, duques de Lorena e Bragança, descendência da Casa de Áustria e da real de Castela, contendo uma censura a Fr. Bernardo de Brito e Manuel de Faria e Sousa em defesa da cidade do Porto.
Desse nosso incansável patrício, falecido a 25 de Junho de 1705, bem como das suas obras faz breve memória o Padre D. António Caetano de Sousa no sei "Apparat. à Hist. Gen. Da Casa Real Portug.", pag. 129 - n.º 149.
[João Gomes de Oliveira Guimarães, in O Espectador, n.º 27, Guimarães, 1 de Maio de 1884]
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