Dois dias depois do atentado aos procuradores de Guimarães, a Junta Geral do Distrito de Braga voltava a reunir, aprovando uma proposta em que lamenta a ocorrência:
A Junta geral e os acontecimentos do dia 28
À Junta Geral do Distrito de Braga, na sua sessão de 30 de Novembro, foi apresentada pelo procurador o sr. Amaro de Azevedo, a seguinte proposta:
"A Junta Geral do Distrito de Braga, profundamente impressionada, lamenta os acontecimentos do dia 28 do corrente. E lamenta este proceder tanto mais atentatório das garantias constitucionais, quanto ilegal e subversivo. Como prova da deferência e lealdade para com os seus colegas insultados, não pode esta Junta deixar de lamentar tão insólito procedimento da parte dos desordeiros, bem como da parte da autoridade superior do distrito que, segundo nos consta, tendo conhecimento com antecipação do propósito em que estavam os manifestantes, não só não coibiu essa manifestação, mas até aprece que a tolerou. Protesta portanto a Junta Geral do Distrito de Braga contra esses factos violentos e arbitrários e manda que se exare na acta esta declaração, tornando assim bem manifesto o seu desgosto, e que se tirem cópias, que devem ser remetidas aos seus colegas ofendidos e ao Ex.mo Ministro do Reino.
Sala das sessões da Junta Geral, 30 de Novembro de 1885
O procurador por Vila Verde, Amaro de Azevedo
O procurador por Fafe, Virgílio Teixeira de Castro"
Sendo declarada urgente, entrou logo em discussão, e foi aprovada por unanimidade.
- Pereira Leite. - Ribeiro. - Barata. - Cunha Reis – Luís do Vale. - Ferreira. - Viana. - Aguiar. - José de Barros. - Teixeira de Castro. - Vasco Jácome. - Borges da Silva. - Martins. - e Amaro de Azevedo.
Como comentário, uma só palavra:
Único!
[Religião e Pátria, n.º 46, 38.ª série, 5 de Dezembro de 1885]
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