Memórias Paroquiais de 1758: São João das Caldas de Vizela


Chama-se João Veloso da Praça, era o abade da paróquia de S. João das Caldas de Vizela. A memória paroquial que escreveu é a mais longa e a mais completa e interessante de todas as que aqui transcrevemos e publicamos. Escreve:
É esta freguesia denominada das Caldas, por conta de umas águas cálidas sulfúreas, que lhe ficam imediatas, conhecidas vulgarmente nesta Província pelo nome de Caldas de Guimarães.
Vale a pena ler a memória das Caldas de Guimarães, freguesia que hoje integra o concelho de Vizela.

São João das Caldas de Vizela
Descrição topográfica ou notícia individual da freguesia de S. João das Caldas de Vizela, no Arcebispado Primaz, que por ordem do Muito Reverendo Senhor Doutor Francisco Fernandes Coelho, seu meritíssimo provisor, escreveu João Veloso da Praça, Licenciado em Cânones pela Universidade de Coimbra e titular da mesma igreja neste presente ano de 1758.
Na deliciosa e aprazível ribeira de Vizela (uma das mais célebres da província interamnense), está situada a freguesia de S. João das Caldas. Confina ao Norte com a de S. Miguel do mesmo nome; ao Levante, com a mesma e a de Santo Adrião de Vizela; ao Sul, se termina com a de Santa Eulália de Barrosas e S. Tiago de Lustosa, pelo outeiro das Portelas e monte dos Impedidos; e, ao Poente, com as de S. Miguel de Vilarinho e S. Paio de Moreira dos Cónegos, pelo monte de S. Pedro e outeiro de S. Domingos.
A primaz cidade de Braga, a cujo Arcebispado pertence, lhe fica ao Noroeste, em distância de quatro léguas. Tem para o Nordeste a vila de Guimarães e para o Sueste a de Amarante. Esta lhe dista também quatro léguas e aquela légua e meia. A corte de Lisboa lhe fica ao Su-sudoeste em distância de cinquenta e oito léguas e meia, fazendo caminho pela cidade do Porto. Esta lhe dista seis e meia e o seu bispado uma e meia para o Sudoeste. Finalmente, a Vila do Conde lhe fica distante seis para sete léguas ao Ocidente, nas praias do mar oceano.
É esta freguesia denominada das Caldas, por conta de umas águas cálidas sulfúreas, que lhe ficam imediatas, conhecidas vulgarmente nesta Província pelo nome de Caldas de Guimarães. Estas águas, de mais ou menos efervescência conforme a ígnea actividade que lhes comunicam os ardentes minerais, por onde passam nas entranhas da terra, rebentam em várias partes de um paul, distante da residência desta igreja pouco mais de um tiro de espingarda, em cujo paul, com que confina esta freguesia para o setentrião, tem seu princípio a de S. Miguel das Caldas.
Servem as referidas águas de curativo a várias enfermidades, especialmente a estupores e reumatismos, para cujo remédio concorre bastante gente desta Província a tomar os seus banhos, além de muita que em pipas se transporta a partes remotas, como são Guimarães, Braga, Porto e outras mais, cujo transporte facilita o vigor com que conserva a sua nímia quentura. Seria mais numerosa a frequência de povo em vir tomar os banhos a este sítio, se nele houvesse recolhimentos públicos ou particulares, como há em outras caldas deste reino, com notória utilidade dele, pois se costumam recolher os enfermos por casas dos lavradores desta vizinhança, em que, pela maior parte, falta a comodidade de que aqueles necessitam. As mesmas águas quentes, depois de misturadas com as de dois pequenos regatos junto dos mencionados banhos, fazem o seu breve curso para o Sul, comunicando-se com o Vizela, por entre o passal ou assento desta igreja, das quais esta se utiliza para os seus prados, de que lhes resulta abundância de ervas, ainda no tempo do frio.
O rio Vizela, com a sua rápida e serenosa corrente, divide a esta freguesia em duas partes, ficando a mais considerável da banda do Sul, com a qual se comunica a que fica ao Norte por uma ponte de cantaria, chamada a ponte das Caldas, participando o apelido desta freguesia. Tem a ponte dois grandes arcos, por onde o rio faz o seu ordinário curso, e outro pequeno, de que só se serve na ocasião das maiores inundações. As guardas ou parapeitos dela se acham quase em toda a parte desmantelados e desfeitos e a sua calçada necessita de conserto, por conta da ruína que a continua passagem dos carros lhe ocasiona.
Aquele rio, que deve o seu nascimento aos montes vizinhos a Fafe, depois de receber em si vários ribeiros, por uma e outra margem, com os quais enriquece a sua corrente, se encaminha ao ocaso. E, sujeitando-se aos arcos da ponte de Pombeiro e da chamada a Ponte Nova, na freguesia do Salvador de Tagilde, ambas de cantaria, passeando soberbo com os cabedais alheios, entra nesta igreja banhando em roda grande parte do passal desta igreja e fabricando-lhe de suas águas cristalinos muros, finaliza a célebre ribeira de Vizela, a quem deu o seu nome a troco do prejuízo que em alguns Invernos lhe causa com as inundações, arrebatados efeitos da sua soberba. Aqui se humilha à ponte das Caldas, em que se terminam as terras pertencentes a esta igreja, e, correndo sempre ao Poente, depois de se humilhar também à ponte de Negrelos, que daqui dista meia léguas e à de S. Tomé, outro tanto mais abaixo, confunde as suas águas com as do rio Ave, que lhe fica ao Norte, na freguesia de S. Miguel de Entre Ambas as Aves, no qual perde o nome, não muito distante do rendoso convento de S. Tirso, de monges beneditinos.
As margens do rio são agradáveis à vista, assim como geralmente toda a freguesia, por conta da multiplicidade de várias espécies de árvores de que se acham revestidas, cuja verdura e fresca amenidade serve de não pequena delícia e recreação aos que gostam de retiro do campo. Nelas se acha constituída uma numerosa quantidade de azenhas e moinhos, de que só esta freguesia conta vinte e nove ou trinta rodas. Mas algumas delas só costumam moer no Estio, por ficarem mais dentro do rio e, por isso, anualmente se consertam para melhor cómodo e expedição da publicidade. Além das referidas rodas, há dois pisões que servem para pisoar certa qualidade de panos grosseiros, de que alguma da pobreza desta freguesia e seus contornos se utiliza para seus vestidos.
Cria o rio várias qualidades de saboroso peixe miúdo, como são trutas, escalos, bogas e barbos, e destes em maior quantidade e alguns de admirável e monstruosa grandeza para a sua espécie, pois se têm aqui pescado muitos de três palmos de comprido e um de largo.
A natureza formou a esta freguesia num ameno vale, perpétua habitação da Primavera. O qual, principiando junto do rio e interpolado com algumas eminências, se encaminha ao Sul, de onde declina para o Su-sudoeste. Alguns já referidos montes, povoados de inumeráveis frondosos carvalhos, de que fabricam engraçados vestidos de esmeralda com que se adornam, lhe servem de coroa com suas eminências. Neles se criam lebres, coelhos, perdizes, rolas e outras caças para enleio indiferente da nobreza e honesta recreação da ociosidade.
Os seus ares são benignos e salutíferos, à excepção de algumas sezões que nos mais intensos ardores da canícula se originam, suposto que semelhante enfermidade é menos comum nesta freguesia do que em outras muitas do reino, onde é mais geral. Aqueles se acham inundados de toda a variedade de avezinhas, especialmente de rouxinóis, volantes habitadoras da etérea diafaneidade, as quais, se recreiam os olhos com o matizado das penas, também suavizam os ouvidos com o harmonioso do canto.
Não habitam aqui animais ferozes, nem ainda daqueles que só têm por natureza a voracidade, e somente aparecem poucas, mas ardilosas, raposas que, suposto muitas vezes assaltem as aves domésticas, também nelas em algumas estações do ano condignamente se exercita o irascível.
Há nesta freguesia copiosas perenes fontes de cristalinas saborosas águas, de que se utilizam os seus moradores assim para fecundidade dos campos, como para refrigério dos corpos, no tempo do calor. Se bem que pela maior parte as apetecem mais para o primeiro do que para o segundo ministério, por conta do continuado uso que dão ao vinho, que aqui tem um grande consumo. Entre as fontes há algumas de água tépida, uma das quais nasce dentro dos muros do passal e outra mais férvida rebenta quase no meio do rio, junto do mesmo passal, cuja quentura claramente reconhecem os que costumam divertir-se no exercício da pescaria.
A residência desta freguesia (a qual fica nos confins dela, para a parte do Norte) está edificada em sítio descoberto e levantado sobre a margem setentrional do Vizela. A sua vista é deliciosa, não só por gozar das florzinhas dos campos, verdura dos prados e frondoso dos bosques do seu dilatado passal e de muita parte da freguesia, mas também por desfrutar da vista e passagem da ponte, do claro e trémulo bulício das águas do rio e da contínua volubilidade de suas azenhas.
Logra também esta residência das amenidades de três vales ou ribeiras, em cujo centro triangular está situada esta freguesia, e vêm a ser: a das Caldas, que corre para o Norte e tem seu princípio no já mencionado passal das águas quentes, em que (como já disse) começa a freguesia de S. Miguel do mesmo nome, a de Vizela, que continua para Nascente e a de Barrosas, que se estende para o Sul e termina com uma soberba e agigantada montanha, no mais alto da qual se divisa um lugar do mesmo apelido de que, talvez, a ribeira toma o nome. Neste lugar, que fica distante uma légua desta freguesia, está o célebre santuário do Bom Jesus de Barrosas, frequentado da maior parte dos habitadores desta província, para tributarem ao mesmo Senhor suas humildes deprecações, em todo o tempo do ano e especialmente na festa do Espírito Santo e no Domingo da Santíssima Trindade, em que é mais numeroso o seu concurso.
O passal ou assento desta igreja que, como já referi, fica bem nos confins da freguesia para a parte do Norte, é extenso e se divide em muitos e dilatados campos. Contém em si amenidade igual à da freguesia. É circuitado em roda e, da parte do Sul (como tenho expendido), lhe serve de muro o rio Vizela, em grande distância. Tem frondosos carvalhos, que lhe fabricam densos bosques, em que se cria variedade de caças. Tem, juntamente, os melhores prados destas vizinhanças, por se utilizar para eles das águas quentes das Caldas, refrigeradas com as dos dois já mencionados regatos. Defronte, na margem oposta, está grande quantidade das rodas das azenhas desta freguesia. E, finalmente, confina com outras para o Poente, foreiras a esta igreja por finalizarem na ponte das Caldas as terras a ela pertencentes, como consta de seu tombo.
A igreja desta freguesia, que é de uma só nave, está imediata à residência. A ponte das Caldas se descobre não só do seu adro, mas também do interior dela. Há tradição entre os moradores de ter estado antigamente no sítio do Calvário, no centro da freguesia. O seu orago ou padroeiro, é o maior dos santos, o glorioso S. João Baptista, cuja sagrada imagem se venera no altar maior da parte da Epístola, venerando-se também, no mesmo altar, da parte do Evangelho, a imagem do Menino Deus, e no sacrário se acha, ainda que oculto, exposto à veneração dos fiéis, o Augustíssimo Sacramento.
Tem esta freguesia, além do altar maior, três mais, dois colaterais, imediatos ao arco da capela-mor, e um mais no corpo da igreja. O altar colateral da parte do Evangelho se intitula de S. Sebastião, no qual, além da imagem do mesmo invencível mártir, se veneram as de Nossa Senhora do Bom Despacho e Santa Rita. O altar colateral da parte da Epístola é intitulado da Senhora do Rosário, cuja soberana imagem nele é venerada. À roda dela se acham, pintados no retábulo, seis pequenos quadros, três da parte esquerda, em que se representam os mistérios do nascimento de Jesus Cristo, a sua apresentação no templo e o mesmo Jesus disputando entre os doutores. Nos outros três, da parte direita, se representa o Passo de Cristo Senhor Nosso orando no horto, o da prisão à coluna e o da coroação e espinhos, os quais quadros, ainda que antigos, pelo primor da sua pintura se equivocam com os fabricados pelos artífices romanos.
Fábrica da mesma ideia parece ser também a de outros quadros, num dos quais se representa o glorioso S. Domingos, recebendo o rosário da Santíssima Virgem Mãe de Deus. No outro se vê representado o exemplar da mais austera penitência, o seráfico patriarca, com um santo crucifixo nas mãos. Este fica metido na parede, junto do altar de S. Sebastião, e aquele defronte deste, junto do da Senhora do Rosário.
Imediato a este, mais no corpo da igreja, está o quarto altar dela, o qual se denomina das Almas, por conta de um quadro das Almas do Purgatório que se acha pintado no seu retábulo, obra (ao que parece) do referido primor.
Neste altar se dá culto à soberana imagem de Cristo Crucificado e às de sua Santíssima Mãe e S. João Evangelista, ambas junto da cruz do mesmo Senhor, e venera-se juntamente nele a do miraculoso português Santo António de Lisboa.
Há nesta igreja duas confrarias. Uma é a do Santíssimo Sacramento, a qual, suposto tenha de casco três para quatro mil cruzados em dinheiro, além das suas peças de prata, contudo os que a têm administrado na vacatura desta igreja, que foi prolongada, a constituíram em termos de perder uma boa parte dos mencionados cabedais, por causa do seu pouco zelo, culpável descuido e repreensível abuso.
A outra confrarias é da Virgem Senhora do Rosário, muito menos opulenta que a primeira, mas igualmente governada.
Há também duas chamadas confrarias, a que melhor compete o nome de devoções, por não terem estatutos por que se governarem. Intitula-se uma destas do Menino Deus, a outra de S. Sebastião, cujos cabedais são muito ténues.
É esta igreja abadia do real padroado de Sua Majestade Fidelíssima, que Deus guarde, cujos frutos, certos e incertos, poderão render, um ano por outro, pouco mais de trezentos mil réis, de que paga duas quintas partes para a Santa Igreja Patriarcal de Lisboa. Entre os seus abades conta muitos de notória nobreza, uns que a adquiriram pelas letras nas Universidades, outros a herdaram de seus ascendentes. A maior prerrogativa de que com razão pode gloriar-se esta igreja, é o haver tido por abade ao Senhor D. Teodósio de Bragança, irmão do senhor Duque deste título, o qual era abade dela pelos anos de 1563, no reinado do senhor rei D. Sebastião, sendo arcebispo em Braga o venerável D. Frei Bartolomeu dos Mártires, da sagrada Ordem dos Pregadores, cuja imagem todo o arcebispado ansiosamente deseja ver colocada nos altares. Consta a sobredita memória do tombo desta igreja, que se acha no arquivo da Sé Primaz, mandado fazer no referido ano pelo mesmo Senhor D. Teodósio, cuja certidão, extraída do mesmo tombo, se conserva entre os antigos documentos desta igreja.
Conta esta freguesia, neste presente ano de 1758, trezentas e vinte e nove pessoas de sacramento, além de muitas que o não são, as quais se acham repartidas em cento e um fogos.
Os frutos que produz consistem em vinho verde, trigo, centeio, milhão ou milho grosso, milho branco ou milho miúdo, painço, linho, feijão e mais legumes, hortaliças e frutas, mas do vinho é que ordinariamente costuma produzir em maior abundância. Os seus habitantes são geralmente inclinados à cultura do linho, e as mulheres a o fiarem, de que fabricam todos os anos uma prodigiosa quantidade de teias de pano de diversas qualidades, que daqui se extraem para diversas partes do reino. Porém, o lucro que delas lhes resulta, não será tão considerável como eles se persuadem, por conta da nímia despesa que insensivelmente com elas fazem, até o seu total complemento.
Faz o seu trânsito por esta freguesia a estrada pública que vem de Guimarães e seus contornos, a qual, entrando nela pela parte do Norte, por entre terras pertencentes ao passal desta igreja, se encaminha à ponte das Caldas, onde se divide em duas. Uma continua para o Sul, e entrando na freguesia de santa Eulália de Barrosas e passando depois pelo Bom Jesus deste nome, dirige para a Lixa, Amarante, Travanca, Canaveses, Arrifana de Sousa e outras mais terras. A outra corre para o Sudoeste e, atravessando a maior parte desta freguesia e deixando-a entre os montes dos Impedidos e de S. Pedro, além de dirigir também para a mencionada vila de Arrifana e outras povoações distantes, encaminha principalmente para a cidade do Porto.
O sobredito monte dos Impedidos, de onde corre a maior porção de águas nativas que fertilizam esta freguesia, é tradição constante ter servido de comum sepultura, no tempo de uma peste que antigamente aqui houve, aos que pereceram infeccionados do contágio. Na descida dele está situada a antiga e rendosa Quinta de Gominhães, a quem são foreiras as mais das fazendas desta freguesia e outras muitas terras fora dela, e a quem pagam avultadas pensões em dinheiro, jeiras, pão, vinho, leitões, galinhas e outros géneros.
É esta quinta chefe da ilustre família dos Cirnes, uma das principais desta província e bem conhecida não só nela e em todo o reino, mas ainda no da Galiza, onde também se acha aparentada com a casa do Marquês de Mós, uma das de mais distinta nobreza do mesmo reino. Foi instituída em morgado por Francisco Soares de Aragão, fidalgo espanhol, o qual, vindo para este Reino com a Sereníssima Rainha Santa Isabel, filha de Pedro 3.º, Rei de Aragão, e mulher do Senhor Rei D. Dinis, exercitou o honroso emprego de aio da mesma Rainha Santa, da qual também era parente. A sua capela, em que os administradores têm obrigação de mandar dizer quatro missas cada semana, é da invocação de Nossa Senhora de Jerusalém.
Esta quinta e morgado de Gominhães foi antigamente cabeça de honra, com privilégio de coutar uma légua de monte e rio na sua circunferência, mas esta honra se extinguiu, sendo seu nono administrador Pero ou Pedro Vaz Cirne. Seus administradores antigamente faziam aqui a sua ordinária residência, mas hoje, pela maior parte, assistem na cidade do Porto. Têm saído desta casa varões ilustres que assinalaram o seu zelo e o seu esforço nas campanhas, onde alguns acabaram em serviço da Coroa, deixando com suas heróicas acções imortal glória à posteridade. É hoje undécimo administrador deste antigo e nobre morgado Francisco Diogo de Sousa Cirne de Madureira e Azevedo, fidalgo da Casa de Sua Majestade Fidelíssima, que Deus guarde, o qual sabiamente procura conservar o esplendor, com que se enobreceram seus ilustres e gloriosos progenitores.
Não tem esta freguesia correio particular, porém costuma servir-se do de Guimarães, que regularmente chega a esta vila ao domingo e parte na sexta-feira.
Finalmente, é esta freguesia no espiritual governada pelas justiças eclesiásticas da comarca de Braga, por ser do seu arcebispado Primaz, e, no temporal, pelas seculares da vila de Guimarães.
Esta é a informação individual desta freguesia de S. João das Caldas que a minha inculta e mal aparada pena pôde escrever, em que procurei conformar-me com os interrogatórios que me foram remetidos. Assim o certifico, assinando-se comigo juntamente dois dos reverendos párocos vizinhos, que são o abade de S. Miguel das Caldas e o vigário de Santa Eulália de Barrosas.
S. João das Caldas, 2 de Junho de 1758.
João Veloso da Praça, abade.
António Álvares, abade.
O vigário Manuel Machado da Silva.
“Caldas de Vizela, São João das”, Dicionário Geográfico de Portugal (Memórias Paroquiais), Arquivo Nacional-Torre do Tombo, vol. 8, n.º 8, p. 213 a 223.
[A seguir: Tagilde]

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